Absurdo

Abatedouro clandestino misturava carne de cavalo em linguiça e vendia para restaurantes

Os animais encontrados no local tinham sinais de maus tratos

Abatedouro clandestino misturava carne de cavalo em linguiça e vendia para restaurantes - Imagem: divulgação / Polícia Civil

Nathalia Jesus Publicado em 13/01/2023, às 12h45

Um abatedouro clandestino é investigado por misturar carne de cavalo com carne suína e vender para restaurantes. O local que ficava na zona rural de Hidrolândia, na Região Metropolitana de Goiânia, foi interditado pela Polícia Civil de Goiás na última quarta-feira (11).

Ao chegarem no local, os agentes encontraram um cavalo recém-abatido, parcialmente sem couro e com as víceras expostas, além de outro animal já adulto pronto para ser abatido. Um terceiro cavalo foi encontrado com sinais de maus tratos, sem água, alimentação e sinais de desnutrição, segundo informações divulgadas pelo UOL.

O estabelecimento também possuía máquinas de moer carne e fazer linguiça. O proprietário do abatedouro clandestino ainda tinha em casa 80 kg de carne suína que, de acordo com a polícia, era utilizada para disfarçar o gosto da carne de cavalo que compunha a maioria do material vendido.

O dono do local foi identificado e teve carro, documentos e telefone celular apreendidos pelos investigadores do caso. Os produtos prontos para entrega nos restaurantes também foram levados como prova.

A polícia não divulgou o nome dos estabelecimentos que eram abastecidos com a carne do abatedouro. Porém, no local, foram encontrados registros e anotações em que é possível identificar os nomes dos compradores.

Segundo a Polícia Civil, o proprietário do estabelecimento clandestino poderá responder por "maus tratos a animais com morte do animal; crime de construção de estabelecimentos, obras ou serviços potencialmente poluidores, sem licença ou autorização legal; bem como pelo crime de vender, ter em depósito para vender ou expor à venda ou, de qualquer forma, entregar matéria-prima ou mercadoria, em condições impróprias ao consumo".

Ainda de acordo com as investigações do órgão, caso sejam comprovados os crimes, o dono do abatedouro clandestino poderá arcar com uma pena que ultrapassa os 10 anos de reclusão por todos os crimes somados.

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