A decisão da greve vem em conjunto dos membros do Sindicato por ajustes salariais e melhorias dos benefícios
Milleny Ferreira Publicado em 04/06/2024, às 15h44
Após a realização de uma assembleia, os motoristas de ônibus urbanos, cobradores e técnicos de manutenção aprovaram o início de uma nova greve a partir desta sexta-feira (7) em todas as linhas da cidade de São Paulo.
Desta vez, o Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em Transporte Rodoviário Urbano de São Paulo (SMTTRU-SP) exige um reajuste inflacionário de 3,69%, mais 5% de aumento real, além de uma reposição de salários que foram perdidos durante a pandemia da Covid-19, de cerca de 2,46%, segundo informações do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
A estimativa é que todos os serviços de ônibus fiquem paralisados por pelo menos 24h, segundo a decisão tomada pelo sindicato. Então a partir da 00h de sexta-feira nenhum ônibus mais sairá da garagem, de acordo com o portal Brasil de Fato.
Em um comunicado oficial, o sindicato informa ainda estar aberto a propostas até a próxima quinta (6).
“Estamos faz 45 dias tentando o caminho do diálogo para resolver essa questão, e tudo o que os patrões ofereceram foram pautas sem impacto econômico. Reajuste e outros benefícios importantes sequer foram discutidos”, criticou o presidente do sindicato, Edivaldo Santiago.
“É totalmente inoportuna qualquer decisão sobre paralisação da operação do transporte de passageiros, um serviço essencial e estratégico que pode causar sérios prejuízos à mobilidade dos paulistanos”, diz o Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Passageiros de São Paulo (SPUrbanuss), por sua vez.
Enquanto isso, a prefeitura de SP emitiu uma nota se mostrando a favor da liberdade e que defende o direito à livre manifestação democrática “desde que a legislação seja rigorosamente cumprida, com aviso prévio de 72 horas antes da paralisação e manutenção de uma frota mínima em horários de pico”.
“O Município reforça a necessidade de atendimento aos sete milhões de passageiros dos ônibus para que não sejam prejudicados e informa que o efetivo da GCM [Guarda Civil Metropolitana] estará de prontidão para eventuais ocorrências”, disse a prefeitura sobre a greve.