Confusão!

Família organiza velório e fica chocada ao receber ligação do "morto"

O reconhecimento do corpo não foi permitido pela Unidade de Pronto Atendimento

Família organiza velório e fica chocada ao receber ligação do "morto" - Imagem: reprodução EPTV

Vitória Tedeschi Publicado em 19/03/2023, às 11h05

Um erro de uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Ribeirão Preto (SP) levou uma família de Bebedouro (SP) a organizar o velório de um parente que na verdade estava vivo. A trama, digna de filme, aconteceu depois que funcionários confundiram o nome de um paciente recém-falecido.

Segundo os familiares de com familiares José Roberto Pereira, de 58 anos, a equipe da UPA da Avenida Treze de Maio informou que o aposentado havia morrido, mas não permitiu o reconhecimento no local e liberou o corpo de outra pessoa para o traslado até Bebedouro.

A confusão somente foi desfeita quando Pereira, que descobriu que a notícia de sua morte estava circulando por aí, ligou para uma de suas irmãs para dizer que estava vivo.

Foi assim um filme de terror, porque eu já tinha passado muita dificuldade para conseguir enterrar meu irmão, pra conseguir abrir uma cova, foi assim, resumindo, muito difícil", contou à EPTV a auxiliar de saúde bucal Lourdes Pereira Liberato, irmã de José Roberto.

O erro aconteceu depois que José Roberto, que foi atendido na UPA na última sexta-feira (17), medicado e liberado, foi confundido com outra pessoa que morreu no mesmo dia e tinha "sobrenome parecido", de acordo com a equipe - que não permitiu a identificação do corpo.

Ele [o funcionário] falou: não, naquele lugar você não pode entrar, já está tudo certo, é seu pai, só vai atrás do sepultamento, da funerária, para eles fazerem o transporte e o enterro do corpo", disse ainda Lourdes.

Para provar que estava vivo, além da ligação, que assustou a todos, foi necessário que José Roberto gravasse um vídeo para comprovar aos familiares que estava vivo.

A minha irmã começou a entrar em desespero, pediu pra todo mundo escutar a voz dele pra entender o que estava acontecendo. Aí eles colocaram o caixão naquela hora mesmo: 'abre, abre, pelo amor de Deus, abre esse caixão'. Aí eu vi realmente que não era meu irmão", continua Lourdes.

"Eu acho que errar todo mundo erra, o ser humano é falho, mas não deixar ver o corpo e mandar mesmo assim, gente, nem com bicho se faz isso", finalizou. A prefeitura afirmou que, até o momento, não localizou a família da pessoa que morreu.

bebedouro unidade de pronto atendimento José Roberto Pereira Ribeirão Preto (SP)

Leia também