Presidente venezuelano acusa Edmundo González Uruttia e María Corina Machado de incitar desordem e promete justiça
Marina Milani Publicado em 31/07/2024, às 08h12
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, acusou publicamente o opositor Edmundo González Uruttia pela “violência criminosa” que resultou em “feridos e falecidos” após as eleições do último domingo (28). As eleições, nas quais Maduro foi proclamado vencedor, são classificadas como fraudulentas pela oposição.
"Eu responsabilizo o senhor González Uruttia por tudo o que está acontecendo na Venezuela, pela violência criminosa, os delinquentes, os feridos, os falecidos, a destruição. Você será o responsável direto, senhor González Uruttia e a senhora [María Corina] Machado, e a justiça vai chegar", declarou Maduro durante uma intervenção nesta terça-feira (30) no palácio presidencial de Miraflores.
As declarações foram feitas durante uma reunião com o Conselho de Estado da Venezuela. O presidente reeleito atribuiu as manifestações contra o resultado das eleições presidenciais à oposição, destacando os opositores González Uruttia e María Corina Machado como os principais responsáveis pela onda de violência que se seguiu ao pleito.
Maduro também aproveitou a oportunidade para comentar sobre outros líderes autoritários no cenário internacional, afirmando que a Venezuela “não vai passar pelo fascismo e nazismo”. As palavras do presidente refletem a tensão política crescente no país, com a oposição denunciando irregularidades no processo eleitoral e o governo acusando os adversários de incitação à violência.