Kremlin diz ter ficado perplexo com sanções contra filhas de Putin

O Kremlin afirmou hoje (7) que ficou perplexo com a decisão dos Estados Unidos (EUA) de impor sanções contra as filhas adultas do presidente russo, Vladimir

Kremlin diz ter ficado perplexo com sanções contra filhas de Putin -

Redação Publicado em 07/04/2022, às 00h00 - Atualizado às 12h04

Ação foi considerada parte de “histeria ocidental”

O Kremlin afirmou hoje (7) que ficou perplexo com a decisão dos Estados Unidos (EUA) de impor sanções contra as filhas adultas do presidente russo, Vladimir Putin. Ação foi considerada parte de “histeria ocidental” mais ampla contra a Rússia.

As novas sanções dos EUA contra Moscou por sua intervenção militar na Ucrânia, anunciadas nessa quarta-feira, visaram bancos e a elite russa, incluindo as filhas de Putin Katerina e Maria, que autoridades norte-americanas acreditam estar escondendo a riqueza do pai.

“Claro que consideramos essas sanções como a extensão de uma posição absolutamente raivosa sobre a imposição de restrições”, disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, a repórteres. “Em qualquer caso, a linha em curso sobre a imposição de restrições contra os membros da família fala por si mesma”

Peskov afirmou que o Kremlin não consegue compreender por que as filhas de Putin são alvo.

“Isso é algo difícil de entender e explicar. Infelizmente, temos que lidar com esses opositores”, acrescentou.

A filha de Putin Katerina Tikhonova é uma executiva de tecnologia, cujo trabalho apoia o governo russo e sua indústria de defesa, de acordo com detalhes do pacote de sanções dos EUA, anunciado ontem.

A outra filha adulta, Maria Vorontsova, lidera programas financiados pelo governo que receberam bilhões de dólares do Kremlin para pesquisa genética, e são supervisionados pessoalmente por Putin, disseram os Estados Unidos.

Putin sempre manteve a vida privada dele e de sua família fora dos holofotes. O Kremlin frequentemente dispensa perguntas sobre eles, citando o direito  do presidente à privacidade.

A Rússia enviou dezenas de milhares de tropas à Ucrânia em 24 de fevereiro, o que chamou de “operação especial” para combater a capacidade militar de seu vizinho do sul e expulsar pessoas que chamou de perigosos nacionalistas.

As forças ucranianas montaram forte resistência, e o Ocidente impôs sanções severas à Rússia, num esforço para forçá-la a se retirar.

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EBC

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