UFC 263: Demian Maia evita cravar, mas não descarta aposentadoria após luta

Quase 20 anos após fazer sua primeira luta de MMA da carreira, sendo os últimos 14 no Ultimate, Demian Maia está perto de se despedir do octógono. O

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Redação Publicado em 07/06/2021, às 00h00 - Atualizado às 11h36

Ao 43 anos e em seu último compromisso no contrato atual com o Ultimate, brasileiro enfrenta Belal Muhammad neste sabado, em Glendale

Quase 20 anos após fazer sua primeira luta de MMA da carreira, sendo os últimos 14 no Ultimate, Demian Maia está perto de se despedir do octógono. O faixa-preta dono de um jiu-jítsu que assusta seus oponentes pela técnica apurada luta neste sábado contra Belal Muhammad, no UFC 263, em Glendale (EUA). Com apenas um compromisso restando em seu contrato atual com a organização, ele evitou cravar que se aposenta após esta luta, mas, aos 43 anos, admitiu que o fim da linha está próximo.

– Estou tentando abstrair o máximo possível para não carregar isso pra luta e eventualmente poder me incomodar. Mas tenho na minha cabeça friamente dois planos: uma é fazer essa luta, é o principal, e pode ser que me aposente ou não com essa luta – afirmou, em entrevista ao Combate.com.

Dono de um cartel de 28 vitórias e 10 derrotas, o lutador vai para o seu 33º combate no UFC e, em caso de vitória, iguala o recorde de Donald Cerrone de atleta com mais resultados positivos na história da companhia com 23.

Além de falar sobre aposentadoria e o confronto com Muhammad, Demian comentou os desafios de se preparar para a luta durante a pandemia de Covid-19, analisou sua relação com o UFC ao longo destes 14 anos e revelou que poder lutar com a presença do público é um fator que pode influenciar na decisão de pendurar as luvas.

Confira a entrevista completa:

COMBATE: Na sua última luta, no UFC Brasília (quando perdeu para Gilbert Durinho), você atuou com ginásio sem torcida, mas sua preparação foi com a vida normal, ainda sem os reflexos da pandemia. Como foi a preparação desta vez?

Demian Maia: Foi um pouco diferente. Na verdade, os atletas treinam e treinaram durante a pandemia porque não tem como parar. Independente de ter luta ou não, até outro dia vi, no começo da pandemia, uns jornalistas reclamando que jogadores de futebol estavam treinando e não eram jornalistas esportivos. “Um absurdo, nem tem campeonato e estão treinando”. As pessoas não entendem que a gente não treina para o campeonato, a gente treina porque tem que ter uma evolução constante. Você não pode parar, ficar sem fazer nada e, de repente, falar: “Agora vou treinar e as coisas se resolvem”. Você perde muito lastro. Claro que quando você não tem luta, você consegue ter algumas flexibilidades. No começo da pandemia treinava mais peso e boxe sozinho. Depois trouxe uma pessoa só pra fazer jiu-jítsu comigo e aí fui ampliando isso. Atleta não tem como ficar muito tempo parado. Se ficar seis meses parado, vai perder um lastro que talvez leve anos pra recuperar.

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Fontes: Ge – Globo Esporte.

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