O largo sorriso no rosto parecia ignorar os dias difíceis até ali. Ao competir na trave, Simone Biles quis deixar para trás qualquer pressão e decidiu se
Redação Publicado em 03/08/2021, às 00h00 - Atualizado às 14h34
O largo sorriso no rosto parecia ignorar os dias difíceis até ali. Ao competir na trave, Simone Biles quis deixar para trás qualquer pressão e decidiu se divertir. Nem mesmo os leves desequilíbrios a impediram de deixar as Olimpíadas de Tóquio com mais uma medalha. A nota, 14,000 pontos cravados, deixou a americana com o bronze. Também na final, a brasileira Flávia Saraiva ficou em sétimo lugar, longe do pódio, que teve dobradinha chinesa. Guan Chenchen e Tang Xijing foram ouro e prata, respectivamente.
Simone atraiu a atenção de muitos atletas, inclusive de outras modalidades. Mesmo sem torcida por causa da pandemia do coronavírus, muita gente viu de perto a estrela da ginástica voltar a se apresentar. O presidente do Comitê Olímpico Internacional, Thomas Bach, também estava presente e conversou com a americana depois da prova.
Simone e Flavinha se reencontraram na final olímpica de trave cinco anos depois. Na Rio 2016, elas eram fortes candidatas ao pódio. Simone Biles teve de se segurar no aparelho para não cair, mas faturou o bronze apesar da falha grave. Flavinha teve um grande desequilíbrio e acabou na quinta posição. Na época, a americana chegou a afirmar que a série da brasileira havia sido superior.
Em Tóquio, foi Flavinha que teve de segurar no aparelho para não cair, mas isso é considerado uma queda. A brasileira se recuperou bem no restante da série e conseguiu fechar sua segunda final olímpica com a nota 13,133, na sétima posição.
– Eu sei que estou com sentimento de muita felicidade. Sei que foi muito difícil chegar aqui nessas Olimpíadas. Não foi só a entorse (no tornozelo), foram várias coisas que aconteceram este ano. Então eu me sinto já uma vitoriosa de estar aqui. Estou muito feliz pelos resultados que a Rebeca conquistou, que foram incríveis. Vai ajudar muito o reconhecimento da ginástica. Estar em uma segunda final olímpica, em um ano tão conturbado, é incrível – disse Flavinha.
As favoritas eram Guan Chenchen e Tang Xijing, líderes da classificatória. As duas jovens chinesas carregavam a responsabilidade de colocar a tradicional ginástica feminina do país no pódio depois de falhas em todas as outras finais de Tóquio. Tang foi a segunda a se apresentar, logo após a canadense. Com uma apresentação quase perfeita, arrancou 14.233 dos juízes.
Simone foi à trave na sequência. Os aplausos de delegações e jornalistas na arena começaram logo no início, antes mesmo de sair a nota de Tang. A americana, apesar de um leve desequilíbrio no início, fez o ginásio explodir em festa ao cravar sua descida. A nota foi abaixo da rival chinesa, com 14,000. Pouco importou. Mais uma vez, aplausos.
Flavinha foi a sétima a se apresentar. Começou a performance com dois leves desequilíbrios. Ali, o sonho do pódio já parecia mais distante. Tentou se acalmar, mas voltou a falhar, precisando segurar a trave para não cair. Na saída, um passo para trás. Ao sair da trave, um sorriso no rosto e um abraço em cada concorrente – Simone, inclusive. Com 13,133 de nota, ficou longe da briga por pódio.
A chinesa Guan Chenchen foi a última a se apresentar. Era a grande favorita ao ouro. Não decepcionou. Com uma apresentação perto da perfeição, arrancou 14,633 e empurrou Simone Biles para o terceiro lugar.
.
.
.
Fontes: Ge – Globo Esporte.