Nathalie. Mas pode chamar de Marcela, Lucy, Valéria...
Redação Publicado em 24/07/2021, às 00h00 - Atualizado às 14h19
Nathalie. Mas pode chamar de Marcela, Lucy, Valéria…
– A gente está sozinho na pista, mas precisamos da ajuda de todo mundo para poder conseguir – afirma Nathalie Moellhausen.
A avó Marcela é quem da família nasceu no Brasil. Quando recebia a neta italiana de férias em São Paulo tinha a ajuda de Lucy, a babá.
– As duas pessoas mais importantes na minha ligação com o Brasil – responde a campeã mundial de esgrima que compete neste sábado pela manhã em Tóquio (noite de sexta no Brasil).
Lucy passou a cuidar de Nathalie no Brasil ou na Itália, onde morava a mãe, Valéria, estilista de renome em Milão. De quem Nathalie herdou o gosto por moda. Fez carreira de modelo. E ao virar atleta de esgrima, vez em quando, desenha o próprio uniforme. Esse será o de Tóquio.
A passarela por onde ela vai desfilar essa roupa é o Makuhari Messe, palco da esgrima. Quando subir nesse tablado ela estará a quatro vitórias de dois feitos inéditos: conquistar a primeira medalha para o Brasil em Tóquio e a primeira da esgrima do país na história dos Jogos Olímpicos. Não é pouca coisa.
Mas só uma das mulheres de Nathalie vai vê-la em ação pela tevê, a antiga babá. A avó está com Alzheimer.
– Ela não vai ter consciência disso mas é mas eu acho que dentro da alma dela vai saber – diz Nathalie.
Já a mãe, o nervosismo não deixa…
– Não me fala da Olimpíada, não me fala da medalha, nada. Não consigo vê-la – responde a mãe.
Pode deixar, Valéria. Depois a gente te conta o fim dessa história.
– A história de uma atleta que decidiu representar o Brasil. E de transformar sua espada e num objeto de conquista e de luta e de força de vitória para o país – conclui Nathalie.
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Fontes: Ge