Mercedes cumpre promessa e confirma teste com Grosjean para junho

Por causa dos ferimentos sofridos no acidente tenebroso do GP do Bahrein de 2020, Romain Grosjean ficou fora das duas últimas corridas daquela temporada e

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Redação Publicado em 05/05/2021, às 00h00 - Atualizado às 10h37

Equipe fornecerá carro para francês se despedir da F1 após perder as duas últimas corridas de 2020 por causa de queimaduras sofridas em acidente no Bahrein

Por causa dos ferimentos sofridos no acidente tenebroso do GP do Bahrein de 2020, Romain Grosjean ficou fora das duas últimas corridas daquela temporada e perdeu a chance de se despedir da F1. Na época, porém, o chefe da Mercedes, Toto Wolff, garantiu que, se nenhum time ou a Federação Internacional de Automobilismo (FIA) se opusessem, a equipe alemã proporcionaria essa oportunidade ao piloto francês.

E a escuderia levou a promessa adiante: o teste de Grosjean já tem data e local para acontecer. A equipe divulgou na manhã desta terça-feira a imagem do piloto com o uniforme preto da escuderia e os detalhes da experiência, que será realizada no dia 29 de junho, no circuito de Paul Ricard, palco do GP da França, com o W10, o carro de 2019.

Antes do teste, um aperitivo: Grosjean terá a oportunidade completar voltas de demonstração com o carro durante o fim de semana do GP da França, marcado para os dias 25, 26 e 27 de junho.

– Estou tão aninado para voltar a guiar um carro de F1. Será uma oportunidade especial poder guiar um carro campeão com a Mercedes, uma experiência única. Sou muito grato à Mercedes e ao Toto pela chance. A primeira vez que ouvi a respeito disso, eu estava no hospital no Bahrein, quando o Toto dava entrevista e fez o convite. Aquilo me animou demais. A F1 não pôde correr na França em 2020 por causa da pandemia, então guiar uma Mercedes no fim de semana do GP da França e ainda completar um dia de testes em Paul Ricard, circuito na minha terra natal, é algo muito especial. Mal posso esperar para que esse dia chegue – explica.

Ainda que o teste só seja realizado no fim de junho, a preparação do francês começou bem antes, ainda em março, quando Grosjean visitou a fábrica da Mercedes na Inglaterra para realizar os ajustes necessários no banco do carro e realizar testes no simulador da equipe.

Romain Grosjean na fábrica da Mercedes — Foto: Reprodução

Toto Wolff explicou de onde veio a ideia de proporcionar um teste ao piloto francês após ao acidente no Bahrein.

– Estamos muito felizes em poder proporcionar essa oportunidade especial ao Romain. A ideia surgiu quando vimos que o Bharein poderia ser o fim da carreira dele na F1. E não queríamos que esse acidente fosse seu último momento em um carro de F1. Eu o conheço desde a época da F3, quando ele conquistou o campeonato. Ele teve uma longa e bem sucedida carreira na F1 e queríamos ter certeza que as última memórias fosse à bordo de um carro campeão. Estou ansioso para saber o que ele pensa do W10. Eu sei que toda a comunidade da F1 celebrará ver Romain de volta às pistas – afirma Toto.

Toto Wolff e Romain Grosjean na fábrica da Mercedes na Inglaterra — Foto: Reprodução

Como foi o acidente de acordo com a FIA: ao disputar o 17º lugar com Daniil Kvyat, a roda traseira esquerda de Grosjean acabou tocando na roda dianteira do carro do piloto Russo 180 metros depois da curva 3. A traseira do carro da Haas foi suspensa do chão e o francês acabou perdendo o controle do carro a 241 km/h, bateu violentamente na barreira de proteção a 191 km/h a uma força de 67 g.

Romain Grosjean Haas GP do Barein F1 2020 — Foto: Motorsport Images

A barreira não suportou o impacto e foi perfurada pela célula de sobrevivência na qual fica o cockpit do carro. Com a violência da batida, o carro se separou em dois, partindo dois canais por onde a gasolina passava, provocando vazamento de combustível e, consequentemente, um incêndio que começou na parte de trás do carro e foi progredindo para a parte dianteira.

Carro da Haas, Romain Grosjean, GP do Barein — Foto: REUTERS/Hamad I Mohammed

Em função da posição em que o carro parou, além de objetos que fazem parte do cockpit, o piloto se viu preso pelo pé esquerdo ao que sobrou do carro. Eventualmente, Grosjean conseguir retirar o pé de dentro da sapatilha, o apoio de cabeça e o volante para sair do cockpit em chamas após 27 segundos.

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Fonte: Ge – Globo Esporte.

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