Isaquias, Rafael Silva, Ana Sátila… Brasileiros que vão chegar em Tóquio com duas chances de pódio

Ganhar uma medalha olímpica já é um feito e tanto. Agora, e subir duas vezes ao pódio na mesma Olimpíada? Na história olímpica apenas cinco atletas

BRASILEIROS -

Redação Publicado em 20/05/2021, às 00h00 - Atualizado às 17h25

Mais de dez atletas chegam com chances de duas medalhas nas Olimpíadas de Tóquio, mas o único favorito para tal feito é Isaquias Queiroz; os outros são zebras

Ganhar uma medalha olímpica já é um feito e tanto. Agora, e subir duas vezes ao pódio na mesma Olimpíada? Na história olímpica apenas cinco atletas brasileiros atingiram tal feito: Guilherme Paraense e Afrânio Costa (tiro esportivo 1920), Gustavo Borges (1996), Cesar Cielo (2008) e Isaquias Queiroz (2016, que foi três vezes ao pódio).

Essa lista pode aumentar agora em Tóquio. Apesar que, o brasileiro com mais chances de atingir tal feito seja o próprio Isaquias Queiroz, que ganhou três medalhas em 2016. Ele é favorito ao pódio tanto no C1 1000m, que é a prova individual, como no C2 1000m, provavelmente com Erlon Souza.

Outros atletas têm chances de atingir tal feito, mas não são favoritos para tal. Os judocas pesos pesados do Brasil ainda não estão definidos para as Olimpíadas, pois ainda há uma disputa interna pela classificação. Mas os que se qualificarem com certeza terão chances de pódio no individual e também na inédita prova por equipes, que fará a estreia agora no Japão.

No masculino, Rafael Silva é favorito à vaga, enquanto David Moura briga por fora. Os dois são top 8 do ranking de classificação olímpica e, quem se classificar, chegará como candidato ao pódio. No feminino a disputa é ainda mais equilibrada entre Maria Suelen e Beatriz Souza. Os classificados serão essenciais para a prova por equipes do Brasil, em que o país é candidato ao pódio. Na categoria até 70kg, Maria Portela pode surpreender e ir ao pódio no individual, deverá ser cabeça de chave, e também faz parte da equipe.

Rafael Silva bronze Grand Slam de Dusseldorf judô — Foto: Mayorova Marina

Rebeca Andrade, da ginástica, ainda nem está classificada para as Olimpíadas, vai disputar o Pan, no mês que vem, no Rio de Janeiro. Mas, se estiver inteira fisicamente, chegará como forte candidata ao pódio no solo, salto e individual geral. Infelizmente, por conta de inúmeras lesões recentes, não temos parâmetro para ver como ela está em termos de notas e resultados, mas não há dúvida que, sem problemas físicos, briga por três pódios.

Ainda na ginástica, Flavia Saraiva aparece com chances boas no solo, e menores, embora existentes, na trave e no individual geral. Nas três competições, ela foi top 8 no Mundial de 2019. Por fim, Arthur Nory é favorito ao pódio na barra fixa, mas não duvide de um pódio dele no solo em que, assim como em 2016 quando foi bronze, ele não chega muito cotado.

Rebeca Andrade se apresenta nos Jogos Olímpicos do Rio 2016 — Foto: Ricardo Bufolin/PanamericaPress/CBG

Na canoagem slalom, Ana Sátila está entre as oito melhores do mundo tanto no C1 (canoa) como no K1 (caiaque). Ela é candidata ao pódio nas duas provas, mas não está entre as favoritas em nenhuma das categorias.

No atletismo, é muito complicado o mesmo atletas ter duas medalhas. As chances estão com Alison Santos (terceiro do ranking dos 400m com barreiras e nome essencial no 4x400m misto, que foi vice-campeão mundial no mês passado) e, em proporções menores, Paulo André, que teria que baixar mais de um décimo seu tempo para brigar por pódio nos 100m, e é a principal peça do 4x100m que tem boas chances.

Alison dos Santos — Foto: Time Brasil

No hipismo, as chances maiores de pódio estão com a equipe nacional, que está entre as oito melhores do planeta. O time não é favorito ao pódio, mas está na lista dos candidatos. Neste momento, o melhor cavaleiro brasileiro é Marlon Zanotelli, que tem ganho torneios importantes nos últimos meses, e aparece entre os candidatos também no individual (embora longe do favoritismo).

Na natação, os revezamentos 4x100m livre e 4x200m livre estão entre os cotados para o pódio, mas não são favoritos. Os atletas individuais, principalmente Pedro Spajari (100m) e Fernando Scheffer (200m), seriam as maiores chances, embora remotas.

No tênis de mesa, Hugo Calderano deve chegar como quarto cabeça de chave na competição, o que o coloca como candidato ao pódio individual. A equipe nacional, que tem poucas chances de pódio, será cabeça de chave 6. É muito complicado, mas as posições no ranking dão alguma esperança de bons resultados.

Reitero aqui que as maiores chances de um atleta com duas medalhas nas Olimpíadas de Tóquio são com Isaquias Queiroz, da canoagem. Os outros são hipóteses, mas nenhum dos citados é favorito a duas medalhas. Os mais próximos seriam os pesos pesados do judô e a ginasta Rebeca Andrade.

Guilherme Costa Brasil em Tóquio blog — Foto: Reprodução

.

.

.

Fonte: Ge – Globo Esporte.

olimpíadas internacional ESPORTE

Leia também