Conselheiros do Palmeiras fazem festa com Maurício Galiotte, presidente reeleito ontem para um mandato de três anos. #gepalmeiras
Por volta de meio-dia de domingo, cinco horas antes do jogo decisivo contra o Vasco, entrou pela porta do hotel em que o Palmeiras estava hospedado na Barra
Redação Publicado em 26/11/2018, às 00h00 - Atualizado às 09h20
Por volta de meio-dia de domingo, cinco horas antes do jogo decisivo contra o Vasco, entrou pela porta do hotel em que o Palmeiras estava hospedado na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, um grupo de pouco mais de dez conselheiros e o recém-reeleito Maurício Galiotte.
Entre eles estava a conselheira e patrocinadora Leila Pereira, dona da Crefisa, atualmente um dos nomes mais falados da política palmeirense e que provavelmente disputará a presidência do clube no final de 2020.
Foi num avião particular da empresária que o grupo de conselheiros viajou de São Paulo ao Rio de Janeiro. É assim em quase todas as partidas do Palmeiras longe da capital paulista.
Ao final da vitória por 1 a 0, com gol de Deyverson aos 26 minutos do segundo tempo, Leila – chamada de “tia Leila” pela torcida vascaína durante o jogo – até fez a chamada de presentes na saída do vestiário do estádio e checou se alguém mais gostaria de ir no voo de volta para a capital paulista.
Isso aconteceu depois de um bate-boca a poucos metros de Galiotte, que comemorava o decacampeonato em entrevista a uma emissora de televisão. Duas pessoas ligadas à oposição, ala derrotada na eleição do dia anterior, se incomodaram com uma provocação dos apoiadores do presidente reeleito.
Os ânimos foram acalmados, e Galiotte provavelmente nem percebeu o ocorrido. A pessoas próximas, o presidente se disse aliviado pelo final vitorioso de uma semana de tensão e críticas, com eleição mais acirrada do que se imaginava e perseguição do Flamengo na disputa pelo título.
O ponto máximo do alívio de Galiotte foi no momento em que Luiz Felipe Scolari (técnico que ele bancou para substituir Roger Machado no decorrer do campeonato) o puxou para a comemoração em campo, junto com o diretor Alexandre Mattos. Uma vitória pessoal para quem foi vice-presidente na gestão do hoje opositor Paulo Nobre e conquistou no Rio de Janeiro seu primeiro título na cadeira de presidente do Palmeiras.
Entre provocações e comemorações no estacionamento de São Januário, ele e Leila admitiam informalmente e à imprensa que o patrocínio (atualmente de R$ 6,5 milhões mensais) deve ser estendido pelos próximos três anos. Ao final deles, a conselheira dificilmente não se lançará candidata.
Nome conhecido no Palestra Itália a partir de 2015, quando ela e o marido palmeirense, o hoje também conselheiro José Roberto Lamacchia, passaram a patrocinar o clube, Leila já disse certa vez que torcia pelo Vasco antes de se mudar para São Paulo, ainda adolescente.
No domingo, quando a notaram em um camarote acima da arquibancada, torcedores vascaínos começaram a brincar com a empresária, entoando gritos como se estivessem tentando convencê-la a investir no time.
– Au, au, au, a Tia Leila é bacalhau? Não, não, a Tia Leila é Palmeiras. Mas agradeço a receptividade que tive em São Januário. Muito obrigado pelo carinho – disse a conselheira, rindo.
A recepção carinhosa não se resumiu a brincadeiras. Antes do jogo, o vice-presidente de marketing do Vasco, Bruno Maia da Cunha, foi apresentado a ela pelo gerente de futebol do Palmeiras, Cícero Souza.
Foi o dirigente vascaíno quem lhe entregou em mãos um bolo de ingressos de camarote. Depois do apito final, que decretou o título do Palmeiras e manteve o Vasco próximo da zona de rebaixamento, o vice de marketing fez questão de reencontrá-la para dar parabéns pela conquista.