FIA vai analisar regra da Indy que teria tirado pole de Leclerc em Mônaco

Após ao acidente de Charles Leclerc no treino classificatório do GP de Mônaco, a Federação Internacional de Automobilismo (FIA) revelou que vai analisar uma

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Redação Publicado em 26/05/2021, às 00h00 - Atualizado às 11h25

Na categoria americana, pilotos que causam bandeiras vermelhas nas classificações têm seus tempos deletados; batida de monegasco Monte Carlo atrapalhou rivais no Q3

Após ao acidente de Charles Leclerc no treino classificatório do GP de Mônaco, a Federação Internacional de Automobilismo (FIA) revelou que vai analisar uma regra controversa aplicada em categorias americanas, como a Indy, que exclui os melhores tempos de um piloto caso ele provoque uma bandeira vermelha na classificação.

– Sim eu conheço a regra da Indy, que também faz parte de outras categorias da FIA e de campeonatos domésticos ao redor do mundo. Como fazemos com tudo que repercute, a FIA, a F1 e os times vão olhar e considerar seus aspectos para determinar se faz ou não sentido na F1 – afirma o diretor de corridas da FIA, Michael Masi.

O piloto da Ferrari era o detentor do melhor tempo na classificação em Monte Carlo, mas, na tentativa de baixar sua marca, acabou batendo no minuto final do Q3, decretando bandeira vermelha e impedindo que Max Verstappen e Valtteri Bottas melhorassem suas marcas na briga pela pole.

Porém, os pilotos de RBR e Mercedes não veem motivo para que a regra seja implementada na F1. Já o chefe da escuderia alemã, Toto Wolff, acredita ser inteligente levar a regra em consideração, já que evitaria confusões.

Isso porque o acidente do monegasco foi comparado a duas situações similares do passado, quando Michael Schumacher bateu na Rascasse, em 2006, numa manobra que foi julgada como deliberada, e Nico Rosberg, que errou na Mirabeu, em 2014, mas foi absolvido pelos comissários.

Carro de Schumacher “parou” no fim da classificação do GP de Mônaco de 2006, acionando a bandeira amarela — Foto: Motorsport Images

Mas no caso de 2021, Charles afirmou que se tivesse feito de propósito, teria batido de uma forma mais leve. No fim, o incidente danificou uma peça que impediu o piloto de participar da corrida, aumentando ainda mais o tabu em casa, já que o piloto jamais completou os três GPs que disputou em casa pela F1.

Segundo a FIA, o incidente foi analisado na hora, com a constatação de que não passava de um erro do piloto da Ferrari na curva 15.

– Ao acompanhar e analisar os dados de telemetria, além de ouvir a comunicação da equipe, não creio que algum piloto fosse danificar o carro daquele jeito, seja lá pelo que for, por causa das consequências que aquilo poderia causar – explica Masi.

Apesar de, a princípio, afirmar que a batida não teria sido o motivo da falha que impediu Charles de largar, a Ferrari acabou concluindo que o incidente foi sim fundamental no defeito no carro de Leclerc.

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Fontes: Ge – Globo Esporte.

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