Dono da melhor campanha, Palmeiras reinicia busca por título da Libertadores com novo perfil de comando

Se antes a campanha do Palmeiras na Libertadores era um dos principais pontos positivos da gestão de Roger Machado e do clube em 2018, agora o torneio será a

Dono da melhor campanha, Palmeiras reinicia busca por título da Libertadores com novo perfil de comando -

Redação Publicado em 08/08/2018, às 00h00 - Atualizado às 11h40

Se antes a campanha do Palmeiras na Libertadores era um dos principais pontos positivos da gestão de Roger Machado e do clube em 2018, agora o torneio será a primeira oportunidade para Felipão mostrar a mudança de perfil que motivou a diretoria alviverde a optar pela troca de técnico.

Na fase de grupos, o bom desempenho transformou o que antes era chamado de “Grupo da Morte”, com Boca Juniors, Alianza Lima e Junior Barranquilla, em uma sequência tranquila e até com sobra. Com cinco vitórias, um empate e nenhuma derrota, o Verdão avançou às oitavas de final com a melhor campanha geral entre os 32 participantes.

Mas, mesmo com aspectos positivos, Felipão terá de lidar com outros obstáculos em seu retorno à Libertadores pelo Palmeiras. Veja o que o treinador pode aproveitar do antigo trabalho e o que ainda deve merecer atenção especial.

Bom futebol fora de casa

Com três vitórias como visitante, o Palmeiras vai para o mata-mata com 100% de aproveitamento fora de casa na Libertadores atual. Depois de boas atuações contra Junior Barranquilla, na Colômbia, e Boca Juniors, na Argentina, o Verdão se deu ao luxo até de usar reservas contra o Alianza Lima, no Peru.

Se Felipão conseguir manter a pegada dos outros jogos, a equipe tem boas chances de avançar. Mas não será fácil. O Cerro Porteño se classificou para o mata-mata pelo Grupo 1, com 13 pontos conquistados e um atrás do líder Grêmio. A pontuação, por exemplo, daria a liderança ao time em cinco dos oito grupos.

Lucas Lima comemora o gol marcado na vitória sobre o Boca na Bombonera (Foto: Reuters)

Defesa em alta, mas ataque com poucos gols

Antes vazado com certa frequência – foram sete gols tomados nos últimos cinco jogos oficiais de Roger Machado –, o Palmeiras completou no último domingo uma sequência de três partidas com a nova comissão técnica e nenhum gol sofrido. A dificuldade, porém, agora parece estar no setor mais criativo.

O Verdão vem de empates sem gols contra Bahia e América-MG, quando desperdiçou cobranças de pênaltis em ambas oportunidades. O problema é antigo e atrapalha a equipe desde antes da parada da Copa. De lá para cá, o Verdão não soube matar o jogo e cedeu empates para Ceará, Flamengo e Santos, além de ter sido derrotado pelo Fluminense em jogo que desperdiçou boas chances.

No último domingo, em Belo Horizonte, Felipão elogiou o desempenho tático da equipe, mas alertou para a queda de produção ofensiva.

– Não tivemos a capacidade de fazer o gol. Ainda penso que posso trabalhar com eles essa parte de ter mais ânsia de fazermos os gols e vencermos os jogos – disse o treinador.

Borja teve atuação discreta contra o América-MG (Foto: Pedro Vale / Estadão Conteúdo)

Espírito de decisão

Com um histórico vitorioso, principalmente em mata-matas, Felipão foi contratado para ser o comandante da equipe a partir de agosto, quando se inicia uma sequência importante de jogos eliminatórios pela Copa do Brasil e pela Libertadores.

Na avaliação interna, faltava ao Verdão um pulso mais firme no dia a dia da Academia de Futebol. E o perfil de liderança de Scolari foi a aposta para a equipe reencontrar o sucesso nos momentos decisivos.

Em 2015 e 2016, o Palmeiras se acostumou com êxitos em jogos importantes, quando conquistou a Copa do Brasil e o Brasileirão. Nos anos seguintes, porém, o time fracassou. Em 2017, a queda na Libertadores foi nas cobranças de pênaltis contra o Barcelona de Guayaquil, em casa, ainda nas oitavas de final.

Na atual temporada, o time de Roger Machado perdeu a final do Paulistão na arena também nas cobranças de pênaltis, isso depois de ter vencido o jogo de ida fora de casa.

Campeão da Libertadores com o Verdão em 1999, Felipão é o técnico que mais vezes dirigiu o clube na competição (28 partidas) e também que mais venceu no torneio (14 vitórias). O reencontro entre o treinador e o torneio será nesta quinta-feira, às 21h45 (horário de Brasília), contra o Cerro Porteño, no Paraguai.

Felipão em sua estreia, diante do América-MG (Foto: Cesar Greco/Ag. Palmeiras)

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