Com 23 corridas, o calendário 2021 da Fórmula 1 vai exigir muito mais dos pilotos do que a temporada 2020, que contou com apenas 17 provas devido à pandemia do coronavírus. E a quantidade recorde de etapas é motivo de preocupação para o bicampeão Fernando Alonso, que retorna à categoria após dois anos e já se planeja para dar conta das disputas entre março e dezembro.
– Será um grande desafio para todos na equipe e no paddock. Temos que levar esse número em consideração e tentar economizar energia. Poupar nossa energia em julho, agosto e setembro pode nos manter renovados quando as corridas acontecem em novembro e dezembro – disse o espanhol da Alpine.
A última temporada com Alonso no grid da F1, no ano de 2018, realizou 21 grandes prêmios. Já 2021, com 23 provas, terá quatro corridas em um único mês – em outubro -, com as duas últimas a serem acompanhadas por uma terceira prova consecutiva em 7 de novembro, no Brasil.
O espanhol, que vem se preparando para o retorno à F1 desde o último ano, confessou que seu tempo ausente pode tornar mais difícil lidar com um calendário cheio, mas garantiu que a questão está sendo considerada por ele e pela equipe:
– Ainda há algumas coisas em que preciso trabalhar após dois anos fora, e isso é algo que estamos olhando. Será muito importante maximizar e marcar pontos em todos os fins de semana.
Fernando Alonso guia carro da Alpine nos testes de pré-temporada da F1 no Bahrein — Foto: Hasan Bratic/picture alliance via Getty Images
O tema já havia sido debatido por outros pilotos em 2020. Max Verstappen, da RBR, não se mostrou feliz com a possibilidade de enfrentar uma maratona de três corridas consecutivas. George Russell, da Williams, não rejeitou a ideia, mas reforçou o risco de exaustão para os funcionários das equipes.
Vale lembrar, porém, que as provas de 2021 podem ser alteradas conforme a situação da pandemia do coronavírus nos países-sede. A temporada da F1 começa oficialmente no dia 28 de março, com o GP do Bahrein.