Reconhecimento Feminino

Pouca visibilidade: mulheres continuam sendo minoria nos principais festivais do Brasil

Mesmo majoritárias no país, artistas femininas enfrentam baixa representatividade nos eventos

Imagem ilustrativa - Imagem: Reprodução / Freepik

Sabrina Oliveira Publicado em 07/09/2024, às 18h19

Apesar de representarem mais da metade da população brasileira, as mulheres continuam sendo minoria nos principais festivais de música do país em 2024. Segundo dados recentes, o Brasil conta com mais de 104,5 milhões de mulheres, representando 51,5% da população, de acordo com o último censo demográfico do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Entretanto, a participação feminina nos grandes eventos musicais ainda está bem abaixo desse número.

O festival LollaPalooza 2025, um dos maiores do Brasil, divulgou seu line-up recente com um total de 68 atrações. Desses, apenas 22 são compostos por artistas mulheres, o que representa menos de um terço das apresentações. Embora o evento tenha buscado um equilíbrio entre os headliners, com duas mulheres, dois homens e duas bandas, o restante do line-up reflete a sub-representação feminina.

O Rock in Rio, que retorna ao país neste fim de semana, também segue essa tendência. Das 260 atrações previstas para os sete dias de festival, apenas 64 mulheres devem subir ao palco. Mesmo com sua enorme popularidade e alcance, o evento ainda enfrenta críticas pela baixa inclusão de artistas femininas.

Outro evento que chama a atenção é o Rock the Mountain, que será realizado em dois fins de semana em novembro. Seguindo o padrão dos outros festivais, ele conta com 18 artistas mulheres entre 54 apresentações, novamente demonstrando que, mesmo em eventos de música alternativa, a presença feminina ainda é limitada a cerca de um terço dos participantes.

O cenário é ainda pior nos festivais de música sertaneja. O Caldas Country, que acontece em novembro, terá 13 atrações no total, mas apenas uma delas será feminina: a dupla Rayane & Rafaela. O festival de Barretos, um dos maiores eventos de música sertaneja do Brasil, também exemplifica essa discrepância. Dos 63 artistas que se apresentaram em agosto, apenas 10 eram mulheres.

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