Os alunos, Gabriela Nunes, 21 anos, Matheus Canton Assis, de 22, e Antônio Carlos Guerra Júnior, de 23, integraram uma equipe de 21 profissionais, entre cirurgiões, anestesistas, clínicos, ortopedistas, dentistas e paramédicos, durante trabalho humanitário de seis dias.
realizadas (Foto: Reprodução / Divulgação)
Durante a expedição foram realizadas 24 cirurgias de hérnia abdominal, 73 cirurgias oftalmológicas, sendo 36 cataratas e 37 pterígios, e mais de 100 atendimentos odontológicos. Segundo os estudantes, na bagagem muita solidariedade, agradecimentos e histórias para contar.
“Minha vida mudou. Tenho certeza que essa é uma das melhores experiências que tive na minha vida. Essa expedição, o trabalho, as pessoas, tudo isso faz a gente repensar a vida, os valores. Não tenho como descrever o sentimento que tive ao ver um casal de idosos de mãos dadas vendo o por do sol após a cirurgia de catarata, isso não tem preço”, conta Gabriela Nunes.
Foram 1.100 quilômetros por terra e mais 10 horas de viagem de barco para chegar ao destino. Os atendimentos foram realizados em um pequeno hospital, adaptado para as cirurgias e atendimentos na cidade de Fuerte Olimpo.
O estudante Antônio Junior, conta que a viagem foi intensa e produtiva. Conseguiu aprender sobre medicina usando poucos recursos disponíveis no local e que ficou emocionado, pois a população via na equipe de profissionais uma esperança para os problemas de saúde.
“A população é muito carente e conseguimos levar um pouco de dignidade no atendimento de saúde. Levo da viagem que o pouco que conseguimos fazer, mudou a vida daquelas pessoas que não se cansavam de agradecer sempre com um sorriso no rosto”, diz Junior.
Segundo Matheus Assis, ir a um lugar distante, com poucos profissionais da saúde trabalhando, é algo compensador. Realidade bem diferente daquela que o estudante está acostumada a viver. “Muitas vezes me senti impotente, as pessoas não tem acesso a saúde, o meio de transporte deles é barco, tudo muito carente e difícil, outra realidade, foi chocante.
“Vim pensando durante a viagem de retorno que quero implantar o voluntariado em minha vida. Quero fazer mais pelas pessoas. Esse tipo de atitude, de ajudar as pessoas, é como uma sementinha, que depois de colocada dentro da gente ela cresce para sempre”, finaliza Assis.