Todos os modelos de privatizações entregues por Bolsonaro ao Congresso em 2021 foram cancelados
Marina Roveda Publicado em 07/04/2023, às 13h31
Na quinta-feira (6), por meio de uma edição extra do Diário Nacional da União (DOU), o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou a retirada dos Correios e outras estatais de programas destinados à privatização. Sete empresas foram excluídas do Programa Nacional de Desestatização (PND) e três do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI).
Em 1º de janeiro deste ano, dia de sua posse, o presidente Lula assinou um despacho determinando a revogação de processos de privatização de oito estatais, incluindo os Correios e a Petrobras. O Conselho do Programa de Parcerias e Investimentos recomendou nesta quarta-feira (5) que os Correios e a Telebras fossem excluídos do PND.
O Ministério das Comunicações divulgou que o governo tem como objetivo "reforçar o papel dessas empresas na oferta de cidadania e ampliar ainda mais os investimentos". Em fevereiro de 2021, o ex-presidente Jair Bolsonaro entregou um projeto de lei ao Congresso Nacional que abria caminho para a privatização dos Correios. O governo Bolsonaro propôs a venda de 100% da estatal, com previsão de leilão para o primeiro semestre de 2022.
No entanto, a privatização dos Correios foi interrompida no Senado após ser aprovada pela Câmara. O grupo de transição sugeriu que a privatização da estatal fosse abandonada.