Aumento na Conta de Luz

Conta de energia fica mais cara a partir desta terça (1); veja dicas para economizar

A partir de 1º de outubro, tarifas de energia elétrica no Brasil subirão devido à bandeira tarifária vermelha

Esta é a primeira bandeira vermelha desde agosto de 2021 - Imagem: Reprodução / Freepik

Sabrina Oliveira Publicado em 01/10/2024, às 08h38

A partir desta terça-feira (1), os consumidores brasileiros devem se preparar para uma alta na conta de luz. Com a ativação da bandeira tarifária vermelha, os gastos com energia elétrica aumentam, exigindo mais atenção e planejamento das famílias. A mudança representa uma cobrança adicional de R$ 7,877 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos. Essa é a primeira vez desde 2021 que a bandeira vermelha, a mais cara do sistema tarifário, é acionada.

O principal motivo para a adoção da bandeira vermelha é o risco hidrológico. Com a baixa previsão de chuvas para os próximos meses, os reservatórios das hidrelétricas ficam comprometidos, reduzindo a capacidade de geração de energia. Além disso, a recente elevação dos preços no mercado de energia elétrica também contribuiu para a decisão da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

Essa mudança afeta diretamente o bolso dos consumidores, que já lidam com o aumento de outros custos no orçamento. Segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA-15), a prévia da inflação do IBGE, o custo da energia elétrica residencial já subiu 0,84% em setembro. A tendência é de que esse valor continue a subir com a nova tarifa.

Como driblar a alta da conta de luz?

Apesar do aumento ser inevitável, algumas medidas simples podem ajudar a reduzir o impacto no fim do mês. Confira algumas dicas práticas para economizar:

Entenda o sistema de bandeiras tarifárias

O sistema de bandeiras tarifárias foi criado para sinalizar ao consumidor o custo real da produção de energia no país, considerando principalmente a situação dos reservatórios das hidrelétricas. Ele funciona de forma semelhante a um semáforo:

  1. Bandeira Verde: não há acréscimo na tarifa, pois a geração de energia está em condições favoráveis.
  2. Bandeira Amarela: adiciona um custo extra de R$ 2,989 para cada 100 kWh consumidos.
  3. Bandeira Vermelha – Patamar 1: o acréscimo é de R$ 3,971 para cada 100 kWh.
  4. Bandeira Vermelha – Patamar 2: a mais alta, atualmente em vigor, com o custo adicional de R$ 7,877 para cada 100 kWh.

Quando as condições de geração de energia estão mais complicadas, como no caso de seca prolongada ou baixa nos reservatórios, o custo de produção aumenta, e as usinas termelétricas (mais caras) são acionadas. Esse custo é repassado ao consumidor na forma de bandeira tarifária mais alta.

Previsão para os próximos meses

Com a previsão de chuvas abaixo da média, a expectativa é de que a bandeira vermelha permaneça vigente nos próximos meses. Para os consumidores, isso significa que é fundamental redobrar os cuidados e manter os hábitos de economia mesmo que o consumo pareça inofensivo no dia a dia. Além de reduzir os gastos, economizar energia é uma atitude sustentável, ajudando a preservar os recursos naturais e evitando a sobrecarga do sistema elétrico. 

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