Cerca de 78% das mulheres que se candidataram a algum cargo público afirmam que os partidos políticos não cumpriram a promessa de apoio para suas campanhas. É
Redação Publicado em 25/11/2021, às 00h00 - Atualizado às 18h27
78% das mulheres candidatas a cargos públicos não tiveram apoio dos partidos para campanha, aponta pesquisaObjetivo do projeto ‘Políticas de Saia’ é mapear a violência política contra mulheres no país.
Cerca de 78% das mulheres que se candidataram a algum cargo público afirmam que os partidos políticos não cumpriram a promessa de apoio para suas campanhas. É o que aponta a pesquisa “Políticas de Saia”, do Instituto Justiça de Saia, da promotora Gabriela Manssur, divulgada nesta quinta-feira (25).
A informação consta nas respostas de 1.194 mulheres, colhidas entre os dias 8 de outubro e 22 de novembro. Participaram da pesquisa eleitoras, lideranças políticas, candidatas e mulheres eleitas. O objetivo do projeto é mapear a violência política contra mulheres no país até outubro de 2022.
“Os dados são necessários para que nós possamos pleitear comprometimento das pessoas que têm a legitimidade para agir nessas situações – os líderes dos partidos, dos diretórios”, disse a promotora, acrescentando que o apoio também deve acontecer antes de uma candidatura, na orientação sobre como se candidatar.
Entre as 155 mulheres que afirmam ter se candidatado a algum cargo público, 123 não foram eleitas (79,4%) e 121 (78%) informam que a promessa de campanha para a candidatura a cargo não foi cumprida pelo partido. Elas concorreram a cargos de vereadora (90,8%), deputada estadual (11,8%), prefeita (3,9%), vice-prefeita (3,3%), deputada federal (10,5%) e senadora (1,3%).
Das candidatas eleitas, apenas 42 (29,4%) exercem alguma liderança na casa legislativa local.
“Me incomoda muito os homens definindo os direitos das mulheres sem a participação de nenhuma de nós, como se soubessem o que é melhor para nós. Precisamos mostrar para a sociedade qual é o impacto da presença de mulheres nos cargos de liderança, afirmou Manssur.
O levantamento também aponta que 89% das mulheres não se sentem representadas pelos homens na política. Para 96,7% das entrevistadas, a existência de mais mulheres na política impacta positivamente o desenvolvimento de políticas públicas e ações em prol das mulheres.
Na Câmara Municipal de São Paulo, por exemplo, embora a representatividade feminina tenha aumentado em 2020 em relação a 2016, ela ainda é muito inferior à masculina. Das 55 vagas, apenas 13 são ocupadas por mulheres, o que corresponde a 24%
A maioria das mulheres (51%) também afirmou que já sofreu algum tipo de violência nos espaços de poder e de exercício político. Entre as formas de violência estão:
A pesquisa pode ser acessada no site da organização Justiceiras. Além de participar do levantamento, as mulheres podem denunciar violências, realizar depoimentos e, se optarem, receberem apoio jurídico e psicológico.
A promotora também afirmou que os resultados da pesquisa e das denúncias colhidas devem ser apresentados na ouvidoria das mulheres no Conselho Nacional do Ministério Público.
Leia também
Após deixar casa de Madonna, filho da artista sobrevive buscando restos de comida
Ex-panicat é detida após confusão em posto de gasolina e conflito com a polícia
Suposto vídeo de Mel Maia fazendo sexo com traficante cai na rede e atriz se manifesta
Marcelo Lima cresce e amplia vantagem em São Bernardo
Depois de pedir ajuda do Brasil para reconstrução do RS, prefeito de Porto Alegre "torra" R$ 43 milhões, sem licitação; mais que o dobro do contrato anterior
Veja o pronunciamento de Obama sobre a desistência de Biden: "Exemplo histórico"
“Maduro tem que aprender, quando você ganha, você fica; quando você perde, você vai embora", diz Lula
Confira as falas de Kamala Harris, possível substituta de Biden
Macron diz que considerou a abertura das Olimpíadas uma ideia louca; entenda o motivo
Regina Duarte está com dívida na justiça; saiba mais