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Politíca

“É grave que a candidata não possa ter sido registrada”, comenta Lula sobre eleição na Venezuela

As declarações foram proferidas durante a cerimônia de recepção ao presidente francês, Emmanuel Macron, que estava em visita ao Brasil

“É grave que a candidata não possa ter sido registrada”, comenta Lula sobre eleição na Venezuela. - Imagem: reprodução Instagram@lulaoficial
“É grave que a candidata não possa ter sido registrada”, comenta Lula sobre eleição na Venezuela. - Imagem: reprodução Instagram@lulaoficial

Lillia Soares Publicado em 28/03/2024, às 16h37


Nesta quinta-feira (28), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) expressou preocupação com a situação de Corina Yoris, que não conseguiu registrar sua candidatura à presidência da Venezuela. Lula classificou a situação como "grave".

Conforme informa o portal G1, Yoris é líder do principal grupo que se opõe ao presidente venezuelano, Nicolás Maduro, que é um aliado de longa data de Lula. No entanto, ela não pôde registrar sua candidatura a tempo e, portanto, está impossibilitada de concorrer.

As declarações foram proferidas durante a cerimônia de recepção ao presidente francês, Emmanuel Macron, que estava em visita ao Brasil. Destacou-se o contexto das eleições venezuelanas, agendadas para 28 de julho, as quais têm sido alvo de questionamentos e denúncias de perseguição contra opositores do regime vigente.

Lula afirmou ter conversado com Nicolás Maduro e ressaltou a importância de assegurar o processo democrático na Venezuela, enfatizando que é crucial para o país retornar à normalidade internacional. No entanto, o ex-presidente expressou sua crença de que a candidata foi prejudicada.

"Eu fiquei surpreso com a decisão. Primeiro a decisão boa, da candidata que foi proibida de ser candidata pela Justiça [María Corina Machado], indicar uma sucessora [Corina Yoris]. Achei um passo importante. Agora, é grave que a candidata não possa ter sido registrada", afirmou.

"Ela não foi proibida pela Justiça. Me parece que ela se dirigiu até o lugar e tentou usar o computador, o local, e não conseguiu entrar. Então foi uma coisa que causou prejuízo a uma candidata", completou.

Vale ressaltar que o presidente francês, Emmanuel Macron, declarou concordar com a posição do presidente brasileiro. Ele também afirmou que tentará persuadir Nicolás Maduro a permitir a participação dos candidatos que foram impedidos de concorrer.

“Condenamos firmemente por terem tirado uma candidata muito boa desse processo e espero que seja possível ter um novo marco nos próximos dias e semanas. Não nos desesperemos, mas a situação é grave e piorou com a última decisão. Nós temos uma visão comum perfeita”, comentou o chefe de Estado francês.

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