Redação Publicado em 25/06/2022, às 00h00 - Atualizado às 19h00
Subiu para 23 o número de migrantesde países da África que morreram na neste sábado (25) após uma tentativa de um grupo de duas mil pessoas de entrar à força na cidade autônoma de Melilla, um território espanholno norte da África e uma das fronteiras mais problemáticas da União Europeia.
Melilla e a vizinha Ceuta, também espanhola, são separadas de território marroquino por grandes cercas, que constantemente imigrantes vindos de toda a África tentam pular. Com frequência, grupos numerosos tentam invadir em conjunto os postos fronteiriços. Se conseguirem passar dali, eles são levados a centros de detenção de migrantes da Espanha e podem solicitar asilo e refúgio.
Segundo o governo de Melilla, 133 dos cerca de 2.000 migrantes que tentaram atravessar a fronteira conseguiram chegar à cidade “após romper com um alicate a grade de acesso do posto de controle fronteiriço”.
Autoridades marroquinas afirmaram que 13 dos 23 mortos haviam sido levados a hospitais locais com ferimentos graves decorrentes da invasão. Em seu primeiro balanço, as autoridades da província de Nador assinalaram que 76 migrantes tinham ficado feridos, 13 deles com gravidade, além de 140 policiais, cinco deles em estado crítico.
A polícia espanhola afirmou que outros 57 migrantes que conseguiram pular a cerca também ficaram feridos, além de 49 agentes da Guarda Civil do país, e foram levados a um hospital da cidade.
O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sándchez, falou sobre o caso e agradeceu a “parceria” entre as polícias de seu país e a do Marrocos.
“Quero agradecer em nome do governo da Espanha a extraordinária cooperação que estamos tendo com o Reino do Marrocos, e que demonstra a necessidade de ter a melhor das relações […] em matéria de luta contra a imigração irregular”, declarou Sánchez.
Esta é a primeira grande tentativa de entrada ilegal desde que a Espanha e o Marrocos superaram uma crise diplomática que durou meses e colocou em risco acordos em matéria migratória entre os dois países.
A crise começou depois de a Espanha acolher, em abril de 2021, o líder da Frente Polisário, o movimento independentista do Saara Ocidental, Brahim Ghali, para ser tratado de covid-19 em um hospital do país. O Marrocos reivindica sua soberania sobre o Saara Ocidental, uma ex-colônia espanhola.
O ápice da crise hispano-marroquina ocorreu em maio de 2021, quando, se aproveitando do relaxamento dos controles por parte das autoridades marroquinas, cerca de 10.000 imigrantes entraram em Ceuta.
Apesar de Madri e Rabat terem restaurado suas relações, Pedro Sánchez avisou em junho que “a Espanha não vai tolerar a instrumentalização da tragédia da migração irregular como arma de pressão”.
A melhora das relações com Marrocos, plataforma de saída da maioria dos migrantes irregulares que chegam ao litoral espanhol, provocou uma redução das chegadas em 70% em abril, na comparação com fevereiro.
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