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Presidente do BNDES diz que empréstimos para Cuba e Venezuela foram erro

O presidente do BNDES, Dyogo Oliveira, afirmou nesta terça-feira (18) que foi um erro o banco ter concedido empréstimos a Cuba e à Venezuela no passado, pois

Dyogo Oliveira, presidente do BNDES, em imagem de arquivo. — Foto: GloboNews
Dyogo Oliveira, presidente do BNDES, em imagem de arquivo. — Foto: GloboNews

Redação Publicado em 18/09/2018, às 00h00 - Atualizado às 15h22


Banco discute dívidas com governo cubano; volume não é preocupante, diz presidente do banco.

O presidente do BNDES, Dyogo Oliveira, afirmou nesta terça-feira (18) que foi um erro o banco ter concedido empréstimos a Cuba e à Venezuela no passado, pois hoje está claro que esses países não tinham condições de honrar seus compromissos.

O saldo devedor dos empréstimos somam cerca de US$ 1 bilhão , e os dois países estão com prestações em atraso, segundo Oliveira.

“Há uma crítica a esses empréstimos e até diria que, olhando hoje, que fica claro que eles não tinham condição de pagar. Provavelmente não deveriam ter sido feitos e agora temos que ir atrás do dinheiro para receber“, declarou Oliveira a jornalistas, após participar de evento no Rio nesta terça-feira.

Nesta semana, Dyogo Oliveira teve reuniões com representantes do governo cubano para tratar do tema. Segundo ele, Cuba tem três parcelas em aberto com o BNDES que juntas somam US$ 17,5 milhões. O saldo devedor cubano é de aproximadamente US$ 600 milhões.

O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social frisou que a solução para a volta da adimplência de Cuba não passa obrigatoriamente pela reestruturação da dívida.

“Eles tem se mostrado solícitos e adeptos a buscar soluções, mas alegam que por conta de questões climáticas e financeiras não têm tido capacidade de honrar totalmente os pagamentos, eles têm feito são pagamentos parciais”, disse ele a jornalistas em evento da Associação Brasileira da Indústria de Química Final (Abifina). “Discutimos alternativas que ainda não podemos revelar”, adicionou

A carteira de exportação do BNDES totaliza aproximadamente US$ 10 bilhões e a indadimplência Cuba e Venezuela não preocupa para os resultado do banco, frisou Dyogo Oliveira.

“O volume disso em relação a carteira do banco é pequeno e não é preocupante”, destacou.

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