Pesquisadores e lideranças comunitárias entregaram hoje (1º) ao estado e ao município, um plano para combater a pandemia do novo coronavírus (covid-19) nas
Redação Publicado em 01/05/2020, às 00h00 - Atualizado às 18h26
Pesquisadores e lideranças comunitárias entregaram hoje (1º) ao estado e ao município, um plano para combater a pandemia do novo coronavírus (covid-19) nas comunidades carentes do Rio de Janeiro. O documento traz 13 ações de prevenção, atendimento médico e apoio social para evitar novas infecções e reduzir o impacto da pandemia nos moradores das favelas.
A entrega foi feita de forma virtual durante uma videoconferência com a participação dos pesquisadores, moradores das comunidades e representantes do governo do estado e da prefeitura.
“Esse movimento surgiu de um sentimento de muita angústia e de urgência, e de uma percepção que vai ficando cada vez mais clara que estamos vivendo um momento novo na vida de todos nós. Isso faz com que nosso sinal de alerta esteja elevado, quando a gente pensa na consequência, na medida em que a covid chega às favelas e às periferias”, afirma o pesquisador da Pontifícia Universidade Católica (PUC-Rio) Marcelo Burgos.
Construções irregulares
As favelas do Rio de Janeiro são caracterizadas por construções irregulares, com grandes aglomerações de residências e com mais pessoas dividindo uma mesma moradia.
Considerando-se apenas as comunidades que são reconhecidas como bairros pela prefeitura, já foram registrados mais de 200 casos e mais de 30 mortes nesses locais. A Rocinha lidera o ranking, com 71 casos confirmados e oito mortes.
“Muito nos preocupa a situação da Rocinha. A favela é um território que, historicamente, a gente percebe um tratamento de forma desigual. E nesse momento a desigualdade acaba atingindo o cotidiano da população”, disse Leandro Castro, do coletivo Rocinha Resiste. “Que possamos, de alguma forma, não medir esforços para que a população seja melhor atendida”, disse.
Ações de prevenção
Entre as ações de prevenção estão a veiculação de alertas para a população sobre os riscos da doença e a necessidade do uso de máscaras, as ações de desinfecção das favelas (como as que vêm sendo feitas pela prefeitura), teleatendimento (para tirar dúvidas) e a atenção a possíveis difusores (como mototaxistas).
Já nas ações de atendimento, figuram as propostas de criação de postos de atendimento exclusivo para covid-19, de espaços de quarentena assistida e de proteção às unidades básicas de saúde e assistência social.
Por fim, as ações de coordenação e proteção social incluem a racionalização dos equipamentos de saúde locais, a articulação do apoio social e o apoio e a agilização de sepultamentos.
AGENCIA BRASIL
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