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Moro diz que acabou indulto com ‘generosidade’; Bolsonaro afirma que não assinará nenhum indulto

O futuro ministro da Justiça, Sérgio Moro, afirmou nesta sexta-feira (30), durante entrevista coletiva na sede do governo de transição, em Brasília, que no

Moro diz que acabou indulto com ‘generosidade’; Bolsonaro afirma que não assinará nenhum indulto
Moro diz que acabou indulto com ‘generosidade’; Bolsonaro afirma que não assinará nenhum indulto

Redação Publicado em 30/11/2018, às 00h00 - Atualizado às 14h34


Questionado se admitia a hipótese de algum tipo de indulto, futuro ministro da Justiça respondeu: ‘A questão ainda tem que ser batida com o senhor presidente da República eleito’.

O futuro ministro da Justiça, Sérgio Moro, afirmou nesta sexta-feira (30), durante entrevista coletiva na sede do governo de transição, em Brasília, que no governo Jair Bolsonaro não haverá indulto natalino com “tão ampla generosidade” para presos.

Ele se referia ao indulto concedido pelo presidente Michel Temer no ano passado, que foi objeto de julgamento nesta quinta-feira pelo Supremo Tribunal Federal. Devido a pedidos de vista de ministros (mais tempo para estudar o processo), a conclusão do julgamento foi adiada no momento em que já havia maioria de 6 votos a 2 pela manutenção do decreto de Temer.

“A política do governo vai ser mais restritiva em relação a esses indultos generosos. Espero que a nova versão do governo atual, que o indulto a ser editado nesse ano não tenha o mesmo perfil do indulto do ano passado. Acho que essa generosidade excessiva não faz bem como política de repressão e combate ao crime”, afirmou Moro.

Segundo ele, “independentemente do que o Supremo Tribunal decidir – e aqui não vai nenhuma crítica ao Supremo, pelo contrário, muito respeito –, o tempo desses indultos excessivamente generosos chega ao fim no próximo governo”.

Questionado então se não haverá mais nenhum indulto,a exemplo do que afirmou nesta sexta o presidente eleito Jair Bolsonaro, ou se o indulto somente não terá a amplitude do concedido por Temer, Moro respondeu:

“Não vai haver mais nenhum indulto com a generosidade desse indulto específico. As questões ainda têm que ser batidas com o senhor presidente da República eleito.”

Nesta sexta, em Guaratinguetá (SP), Bolsonaro disse que não assinará nenhum decreto de indulto.

“Já que o indulto é um decreto presidencial, a minha caneta continuará com a mesma quantidade de tinta até o final do mandato em 2022. Sem indulto”, declarou Bolsonaro.

O decreto de indulto de Temer reduziu para um quinto o período de cumprimento de pena exigido para que o preso por crimes sem violência ou grave ameaça pudesse receber o benefício e obter liberdade.

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