O ex-ministro da Justiça e Segurança Pública de Jair Bolsonaro, Sérgio Moro, afirmou, em entrevista ao jornal O Globo, nesta segunda-feira (09), que há
Redação Publicado em 09/11/2020, às 00h00 - Atualizado às 15h25
O ex-ministro da Justiça e Segurança Pública de Jair Bolsonaro, Sérgio Moro, afirmou, em entrevista ao jornal O Globo, nesta segunda-feira (09), que há movimentações nos bastidores para formar uma chapa eleitoral e concorrer à presidência da República, em 2022. Nomes como o governador de São Paulo, João Doria, o ex-ministro da saúde de Bolsonaro, Luiz Henrique Mandetta, e até o atual vice-presidente Hamilton Mourão foram cogitados por Moro.
As especulações sobre a formação de uma possível chapa surge após o jornal Folha de S. Paulo divulgar que o ex-ministro Moro se reuniu com o apresentador Luciano Huck para tratar de uma possível aliança para o pleito de 2022, com o objetivo de tirar o governo de Jair Bolsonaro do poder.
Ao jornal O Globo, Moro afirmou: “Existe muita especulação sobre 2022. O que posso dizer é que há uma movimentação de pessoas com perfil de centro que têm conversado. Várias pessoas podem ser bons candidatos de centro, como o próprio Luciano Huck, o (governador) João Doria, o ex-ministro Mandetta, o João Amoêdo ou mesmo o vice Hamilton Mourão. Sã conversas, mas isso não quer dizer que exista algo preestabelecido”, afirmou o ex-ministro, que hoje é oposição ao governo federal.
Na entrevista, Sergio Moro criticou o ambiente de polarização entre esquerda e direita e admitiu que tem conversado com nomes que buscam construir uma alternativa mais “racional”. Ele também admitiu que esteve, em outubro, com o apresentador Luciano Huck para “conversar sobre o Brasil”, mas nega que, neste momento, seja candidato ao lado de Huck.
“A construção disso é importante, e não necessariamente passa por mim. Não existe nada pré-determinado”, afirmou.
Além de criticar Bolsonaro e a gestão dele, Moro também afirmou que o povo brasileiro tem um perfil mais moderado e que, por isso, precisa sair dos extremos que vão se apresentar nas próximas eleições, como o PT de Lula e o bolsonarismo.
“Eu ficaria bastante desapontado se chegássemos em 2022 e tivéssemos apenas, como perspectivas eleitorais, dois extremos polarizados, a esquerda e a direita. O brasileiro tem um perfil mais moderado, e essa moderação favorece comportamentos de tolerância, que é o que nós precisamos, e o fim desse ciclo de ódio, que envolve principalmente as figuras do presidente (Bolsonaro) e igualmente do PT, especialmente o ex-presidente Lula”.
Contudo, ele se esquivou de afirmar que vai concorrer na próxima eleição. “Todo mundo está conversando, mas isso não significa que vou ser candidato. Minha preocupação é com o momento atual. Essas questões eleitorais sobre o que irei fazer no futuro são meramente especulativas. O que penso é que essa polarização de hoje obscurece os debates reais que temos que realizar”.
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