Pesquisa divulgada hoje (27) pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban) mostra que 83% da população brasileira está insatisfeita com a preservação da
Redação Publicado em 27/08/2020, às 00h00 - Atualizado às 12h56
Pesquisa divulgada hoje (27) pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban) mostra que 83% da população brasileira está insatisfeita com a preservação da Floresta Amazônica. Entre os sentimentos que a atual situação do bioma evocam, o que mais apareceu foi tristeza (24%), seguido por indignação (17%), esperança (17%) e medo (11%).
Para a elaboração da pesquisa, foram ouvidas 1,2 mil pessoas com mais de 18 anos de idade, em todas as regiões do país, de ambos os sexos, com diferentes faixas de idade e renda. Além disso, foram ouvidas mais 300 pessoas especificamente dos estados que abrangem a Amazônia Legal.
Sobre a importância da floresta, 37% disseram que consideram a região como “pulmão do mundo”, ou seja, fundamental para manutenção da qualidade do ar. Enquanto 35% afirmaram que a floresta é “a maior riqueza natural do Brasil” e 12% consideram que o bioma é estratégico para a “manutenção do equilíbrio do clima”.
As queimadas e o desmatamento são o maior problema enfrentado pela floresta na opinião de 44% dos brasileiros. O garimpo ilegal, a grilagem de terras e o tráfico de drogas e armas foram apontados, cada um, por 12% da população como maiores desafios à preservação das matas e biodiversidade.
O desmatamento aumentou nos últimos anos, na visão de 77% da população, enquanto 14% acreditam que o ritmo de derrubada da floresta permanece o mesmo. A extração de madeira é a maior responsável pelo desmatamento na opinião de 48%, seguida pela grilagem de terras (14%), criação de gado (11%) e garimpo ilegal (11%).
Entre as preocupações que a derrubada da floresta gera, 34% apontaram a perda de biodiversidade, com a morte de espécies de animais e plantas. Para 25%, o desmatamento impulsiona as mudanças climáticas e o aquecimento global.
Em relação às medidas de combate à destruição, 83% disseram ser favoráveis ao endurecimento das punições por desmatamento; 67% disseram ser contra a redução das reservas indígenas; e 86% contra a autorização de garimpo em territórios reservados aos povos tradicionais.
As lideranças indígenas tiveram maior percentual de aprovação na sua atuação em relação a floresta, com uma avaliação positiva por 73% da população. O Exército Brasileiro teve a segunda maior aprovação em suas ações na região, com 69%.
A respeito da soberania brasileira sobre a região, 54% disseram que a comunidade internacional tem o direito de pressionar pela preservação e 41% acreditam que outros países não devem opinar em relação às políticas para a floresta.
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Agência Brasil
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