BRASÍLIA — O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse na tarde desta terça-feira (21) que a denúncia feita pelo Ministério Público
Redação Publicado em 22/01/2020, às 00h00 - Atualizado às 10h37
BRASÍLIA — O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse na tarde desta terça-feira (21) que a denúncia feita pelo Ministério Público Federal contra Glenn Greenwald é “uma ameaça à liberdade de imprensa”. O jornalista foi acusado de colaborar com ações criminosas relacionadas à invasão do aplicativo Telegram de autoridades públicas.
“A denúncia contra o jornalista @ggreenwald é uma ameaça à liberdade de imprensa. Jornalismo não é crime. Sem jornalismo livre não há democracia”, escreveu Maia em sua conta do Twitter.
Outros políticos também saíram em defesa de Glenn. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) manifestou solidariedade e afirmou que o jornalista está sendo vítima de abuso de autoridade contra a liberdade de imprensa e a democracia.
A presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, disse que o MPF “abusa do poder” para se vingar de Glenn , “que denunciou crimes da Lava Jato e a parcialidade de Moro contra Lula”.
Guilherme Boulos (PSOL) e Manuela D´Ávila (PCdoB) candidatos a presidente e vice nas eleições de 2018, também se manifestaram a favor do jornalista. “O MPF denunciou Glenn Greenwald. Acusação: fazer jornalismo”, escreveu Boulos.
O deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), por sua vez, comemorou a denúncia. “Glenn Greenwald sempre disse que adorava o Brasil e queria conhecer o país a fundo. Quem sabe agora vai conhecer até a cadeia… talvez jogar futebol com o Freixo…”, afirmou.
O Ministério Público Federal apresentou denúncia contra sete pessoas, incluindo o jornalista. O caso é investigado na Operação Spoofing. Para o procurador Wellington Divino Marques de Oliveira, da Procuradoria da República no Distrito Federal, Greenwald foi “partícipe” nos crimes de invasão de dispositivos informáticos e monitoramento ilegal de comunicações de dados, além de ter cometido o crime de associação criminosa.
Os diálogos utilizados pelo Ministério Público Federal do Distrito Federal (MPF-DF) mostram que o jornalista não respondeu ao hacker Luiz Henrique Molição quando este o questionou se deveria invadir o aplicativo Telegram de outras autoridades e sugeriu que ele apagasse as mensagens obtidas por meio da invasão para que a identidade de sua fonte não fosse descoberta.
iG
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