A Índia cancelou, pela primeira vez, uma peregrinação a uma caverna sagrada no alto das montanhas cobertas de neve da Caxemira, já que os casos do novo
Redação Publicado em 23/07/2020, às 00h00 - Atualizado às 09h53
A Índia cancelou, pela primeira vez, uma peregrinação a uma caverna sagrada no alto das montanhas cobertas de neve da Caxemira, já que os casos do novo coronavírus continuavam em alta nessa quarta-feira (22)..
Nas últimas 24 horas, foram relatados 37.724 novos casos da doença, de acordo com dados federais de saúde. A Índia já notificou quase 1,2 milhão de casos no total, ficando atrás somente dos Estados Unidos e do Brasil.
Os organizadores da Amarnath Yatra, durante a qual ascetas hindus, com trajes de açafrão, percorrem 46 quilômetros até a caverna por meio de geleiras e trilhas alagadas, disseram que um aumento “muito agudo” de casos do novo coronavírus forçou o cancelamento.
“As preocupações de saúde são tão sérias que a pressão no sistema de saúde, assim como o desvio de recursos para a Yatra, será imensa”, disse um comunicado do comitê organizador divulgado na noite de terça-feira.
Um isolamento rigoroso foi reativado na Caxemira – também reivindicada pelo Paquistão – no dia 12 de julho, na esteira de um grande pico de casos e mortes.
Lojas e negócios estão fechados, e na maior parte de Srinagar, a principal cidade da região, as ruas estão interditadas e as pessoas não podem sair de casa.
A caverna na montanha contém uma estalagmite de gelo, que é considerada uma manifestação física do deus hindu Shiva. É a primeira vez que a peregrinação é cancelada desde que a caverna foi descoberta por um agricultor no século 19.
REUTERS
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