O empresário preso suspeito de exploração sexual de menores, na terça-feira (18), em São José do Rio Preto (SP), além de usar a filha para assediar as adolescentes, dava para as vítimas pequenos presentes para se aproximar e conquistar a confiança delas, segundo a delegada Margarete Franco.
De acordo com ela, após conquistar a confiança das adolescentes, ele buscava a prática do ato sexual com elas. “Algumas das meninas ouvidas mencionam uma situação preparatória, em que ele as convida para a prática do ato sexual ou de atos libidinosos, como acariciar regiões mais íntimas das adolescentes. Ele conquista a confiança para depois chegar a finalidade e, como ele já tem histórico de se envolver com menores de 18 anos, de manter afetividade e intimidade sexual com estas meninas, então tudo leva a crer que ele queria, mediante toda a situação, explorar sexualmente estas meninas”.
![Delegada Margarete Franco (Foto: Reprodução / TV TEM)](https://spdiario.com.br/media/uploads/legacy/6/4/0b76eaad1c597e4db4adf3f352d6c52e942d6d3a.jpg)
Delegada Margarete Franco (Foto: Reprodução / TV TEM)
A filha do empresário deverá ser entregue ao Conselho Tutelar, caso não tenha nenhum familiar que possa ficar com ela. A delegada diz que há pelo menos dois ou três inquéritos envolvendo o empresário com vítimas menores de 18 anos, com idades entre 13 e 15 anos. O empresário está preso preventivamente.
Entenda o caso
O homem de 56 anos foi preso depois de pouco mais de um mês de investigações. De acordo com a polícia, o empresário agia na porta de algumas escolas. Para tentar se aproximar das meninas, ele oferecia presentes e usava muitas vezes a própria filha, que também é menor de idade e estuda em uma dessas escolas.
Além disso, a polícia descobriu que ele mantinha amizade com meninas de 13 e 14 anos nas redes sociais. O juiz da Vara da Infância e Juventude de Rio Preto, Evandro Pelarin, também recebeu denúncias de mães e funcionários de algumas escolas. Durante as investigações, a polícia ouviu várias estudantes que confirmaram as denúncias.
O empresário já tinha passagem pela polícia por outros crimes. Em 2013 ele foi investigado por esse mesmo crime, exploração sexual de menores, mas na época a polícia não encontrou provas suficientes. A polícia tem dez dias para concluir o inquérito e encaminhar ao juiz. Se for condenado, ele pode pegar de quatro a 10 anos de prisão.