A Companhia de Participações em Concessões, do grupo CCR, venceu o leilão de concessão da Rodovia de Integração do Sul (RIS) realizado nesta quinta-feira (1)
Redação Publicado em 01/11/2018, às 00h00 - Atualizado às 13h22
A Companhia de Participações em Concessões, do grupo CCR, venceu o leilão de concessão da Rodovia de Integração do Sul (RIS) realizado nesta quinta-feira (1) na sede da B3, em São Paulo. A concessionária ofertou o maior desconto sobre a tarifa básica de pedágio, que é de R$ 7,24. O deságio foi de 40,53%, com um valor de tarifa fixado em R$ 4,30545.
O leilão estava marcado para ter início às 10h, mas sofreu atraso à espera do ministro de Minas e Energia, Wellington Moreira Franco.
Ao todo, cinco interessados disputaram o trecho de 473,4 quilômetros no Sul do país: Consórcio Integrasul, Ecorodovias, Sacyr, Infraestrutura Brasil Holding e Companhia de Participações em Concessões.
A vencedora do leilão desta quinta já é concessionária de mais de 2,4 mil quilômetros de rodovias no país, incluindo as rodovias Presidente Dutra, que liga São Paulo ao Rio de Janeiro, o sistema Anhanguera-Bandeirantes, a Via Oeste e a SP Vias, todas em São Paulo.
Durante os 30 anos de concessão, a concessionária vencedora deverá investir R$ 7,8 bilhões no trecho rodoviário.
O representante do grupo CCR na disputa, José Braz, afirmou em coletiva de imprensa que a empresa fará um aporte inicial em torno de R$ 1,3 bilhão na concessão. “Quando houver necessidade de mais recursos faremos frente a novos investimentos”.
É o primeiro leilão de rodovia no governo do presidente Michel Temer. E deve ser o único: segundo o diretor geral da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Mário Rodrigues Jr, o próximo leilão de rodovias do governo está previsto para o primeiro semestre do ano que vem.
O secretário do Programa de Parceria de Investimentos (PPI), Tarcísio de Freitas, disse que já há conversas com a equipe de transição do presidente eleito Jair Bolsonaro sobre os projetos a serem privatizados. “As conversas têm sido no sentido de continuidade”, disse.
Na lista de privatizações do atual governo, há ainda quatro terminais portuários, 12 aeroportos e a licitação da Ferrovia Norte Sul, destacou Freitas.
A BR 101/290/386/448 foi incluída no programa de concessão do governo na primeira reunião do Conselho do Programa de Parceria de Investimentos (PPI).
Os trechos concedidos são: BR-101/RS, entre a divisa SC/RS até o entroncamento com a BR-290 (Osório); BR-290/RS, no entroncamento com a BR-101 (Osório) até o km 98,1; BR-386, no entroncamento com a BR-285/377 (Passo Fundo) até o entroncamento com a BR-470/116 (Canoas); e BR-448, no entroncamento com a BR-116/RS-118 até o entroncamento com a BR-290/116 (Porto Alegre).
A nova concessão atravessará 32 municípios gaúchos: Torres, Dom Pedro de Alcântara, Três Cachoeiras, Três Forquilhas, Terra de Areia, Maquiné, Osório, Santo Antônio da Patrulha, Glorinha, Gravataí, Cachoeirinha, Porto Alegre, Canoas, Nova Santa Rita, Montenegro, Triunfo, Tabaí, Taquari, Fazenda Vila Nova, Bom Retiro do Sul, Estrela, Lajeado, Marques de Souza, Pouso Novo, São José do Herval, Fontoura Xavier, Soledade, Mormaço, Tio Hugo, Victor Graeff, Santo Antônio do Planalto e Carazinho.
Durante os 30 anos de concessão, a concessionária vencedora do leilão deverá investir R$ 7,8 bilhões no trecho rodoviário. Os custos operacionais para conservação, operação e monitoramento do trecho são estimados em R$ 5,6 bilhões.
Segundo o governo, os 32 municípios gaúchos abrangidos pela nova concessão terão um retorno de Imposto sobre Serviço de Qualquer Natureza (ISSQN) de cerca de R$ 1,3 bilhão. Segundo a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), o investimento deverá gerar cerca de 4 mil empregos diretos e 8 mil indiretos.
O trecho passará a contar com sete praças de pedágio distribuídas entre as BRs 101, 290 e 386. A vencedora deverá obrigatoriamente duplicar 225,2 quilômetros da rodovia até o 18º ano do prazo da concessão, resultado na duplicação integral da rodovia. Também estão previstos 78,8 quilômetros de faixas adicionais para ampliação da capacidade, além da construção de 85 novos dispositivos de interconexão, 32 passarelas de pedestres, 75,5 km de vias marginais, 59 melhorias em acessos, assim como a iluminação nas travessias urbanas e nas vias marginais.
No início da disputa, o ministro de Minas e Energia, Wellington Moreira Franco, afirmou que o compromisso do programa não teve o objetivo de corrigir os efeitos da crise econômica.
“O objetivo não foi garantir recursos para melhorar esse ambiente fiscal. Ajudou, mas o objetivo sempre foi garantir investimento, que é o que gera empregos”, disse o ministro.
O ministro Moreira Franco avaliou o deságio de mais de 40% da companhia vencedora como “extremamente positivo” e disse que a tarifa vai beneficiar a população. “Houve uma competição grande, isso é importante, porque ela faz com que os preços fiquem sempre mais baixos”.
Ecorodovias
Sacyr
Infraestrutura Brasil Holding II
Consórcio de Integração do Sul
Companhia de Participações em Concessões (CCR)
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