As mortes em função da covid-19 subiram 4% na última semana epidemiológica em comparação com a anterior. Já os casos confirmados relacionados ao novo
Redação Publicado em 26/08/2020, às 00h00 - Atualizado às 21h11
As mortes em função da covid-19 subiram 4% na última semana epidemiológica em comparação com a anterior. Já os casos confirmados relacionados ao novo coronavírus caíram 13% também em relação à última.
Os dados foram apresentados hoje (26) pela equipe do Ministério da Saúde em entrevista online sobre o novo Boletim Epidemiológico da covid-19, em Brasília.
A semana epidemiológica é uma medida utilizada por autoridades de saúde para avaliar a evolução de epidemias, como é o caso da relacionada ao novo coronavírus. A 34ª semana foi considerada entre os dias 16 e 22 de agosto.
As mortes por covid-19 totalizaram 7.018 na 34ª semana epidemiológica. Na 33ª, o boletim do Ministério da Saúde registrava 6.755 óbitos. A média diária voltou a ultrapassar os 1.000 óbitos, depois de baixar deste patamar nas semanas anteriores. A subida inverteu a tendência de queda iniciada no fim do mês de julho, após uma estabilização durante dois meses.
No recorte por regiões, o crescimento se deu, sobretudo, no Sudeste, que possui média diária de 457 mortes, e no Centro-Oeste, com média de 149 falecimentos. Já o Nordeste continuou o movimento de queda, caindo para 207 óbitos por dia. O Norte também caiu, com 54 mortes por dia.
Em relação ao número de casos, enquanto na 33ª semana o total de pessoas infectadas registradas foi de 304,6 mil, nesta última (34ª) a soma ficou em 265,2 mil. A curva de casos começou a crescer em abril, disparou em maio e junho, começou a estabilizar entre junho e julho, oscilou e começou a cair no meio de julho, até experimentar a queda de 13% agora.
“A queda é observada quando a gente compara as semanas anteriores. Na 34ª, houve diminuição bastante importante, com média diária de 37.895, quando nas anteriores estava na casa dos 43 mil. Quando comparamos por região vemos que esta redução foi distribuída em quase todas as regiões”, analisou o diretor do Departamento de Análise em Saúde e Vigilância de Doenças Não Transmissíveis, Eduardo Macário.
De acordo com o Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde, seis estados tiveram alta de casos, três ficaram estabilizados e 18 apresentaram redução. Os locais onde houve maior acréscimo foram Rio de Janeiro (64%) e Amapá (24%). Já as maiores quedas ocorreram em Roraima (39%) e São Paulo (32%).
Quando consideradas as mortes, 13 Unidades da Federação tiveram elevação, duas estabilizaram e 12 registraram decréscimo. Os estados com maiores crescimentos foram Pará (89%) e Rio de Janeiro (62%). Já as maiores reduções se deram em Roraima (48%) e Rondônia (32%).
Até o momento, foram distribuídas aos estados 6,1 milhões de reações para testes laboratoriais (RT-PCR). Os estados mais contemplados foram São Paulo (974 mil), Rio (882 mil) e Paraná (826 mil).
Deste total, foram analisados 2,6 milhões de exames pela rede pública. A média semanal desde o início da pandemia é de 87,8 mil. Já a rede privada realizou 2,1 milhões de testes, totalizando 4,8 milhões.
Perguntado por jornalistas sobre casos de reinfecção, Eduardo Macário afirmou que não foram encontradas situações ainda no Brasil. “Uma infecção é evento raríssimo que precisa ser investigado com máxima cautela. Somente um caso foi identificado em um laboratório de Hong Kong, que teve vírus de diferente tipo”, informou.
Ele acrescentou que o que há são falsos positivos ou detecção de partículas inertes que permaneceram nos organismos, mas não que não se trata de reinfecção. “O Ministério da Saúde tem acompanhado casos e contando com apoio das secretarias e dos três laboratórios de referência nacional que estão apoiando o Ministério da Saúde na elucidação destes casos, a Fiocruz, Instituto Evandro Chagas e Instituto Adolfo Lutz que têm envidado esforços para esclarecer esta situação”, completou.
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Agência Brasil
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