A pandemia do novo coronavírus iniciou nas regiões Norte e Nordeste e depois se espalhou para o centro-sul do país. Entre agosto e setembro, esse movimento se
Redação Publicado em 12/09/2020, às 00h00 - Atualizado às 15h02
A pandemia do novo coronavírus iniciou nas regiões Norte e Nordeste e depois se espalhou para o centro-sul do país. Entre agosto e setembro, esse movimento se expressou no crescimento do número de diagnósticos da covid-19 especialmente em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul.
Mas entre agosto e setembro, três estados da Região Norte voltaram a apresentar os maiores índices de aumento em números de mortes em função da doença: Amazonas, Pará e Tocantins.
Os dados foram retirados dos boletins epidemiológicos do Ministério da Saúde, que trazem os balanços das semanas epidemiológicas (SE) em relação à pandemia. O termo é empregado por autoridades de saúde para avaliar a evolução de fenômenos como este.
A avaliação das curvas dos estados se baseou na comparação das semanas epidemiológicas 31, que terminou no dia 1º de agosto, e 36, concluída no dia 6 de setembro. Assim, a comparação cobriu o período entre o início de agosto e o começo de setembro.
Os estados com maiores crescimentos do número de mortes entre as semanas epidemiológicas 31 e 36 foram Amazonas, de 68 para 207 (204%); Pará, de 61 para 131 (115%); e Tocantins, de 50 para 87 (74%).
Já as Unidades da Federação com as quedas mais significativas ao longo do mesmo período dos meses de agosto e setembro foram Rio Grande do Norte, de 207 para 43 (-79%), Roraima, de 40 para 11 (-72%) e Acre, de 52 para 16 (-69%).
No total, seis estados tiveram acréscimo nos números semanais comparando as duas semanas consideradas na análise. Do total, quatro ficaram estabilizados (quando a variação é inferior a 15%) e outros 17 apresentaram reduções.
Os estados com maior variação positiva de casos por semana epidemiológica entre o início de agosto e o princípio de setembro foram Santa Catarina (114%), Rio Grande do Sul (68%) e Amapá (33%), confirmando a prevalência no Sul, com exceção do único estado do Norte.
No primeiro caso, o número de pessoas infectadas pulou de 19,5 mil na SE 31 para 41,9 mil na SE 36. Neste mesmo período, os gaúchos viram os números aumentar de 11,3 mil para 19 mil e os amapaenses, de 1,4 para 1,9 mil.
Na base da tabela, Sergipe viu seu número de casos semanais cair mais de 80%, de 7,4 mil para 1,3 mil. Alagoas experimentou redução de 68%, de 6,2% para 1,9 mil. E Rio Grande do Norte teve diminuição do quantitativo de pessoas infectadas entre as semanas na casa de 50%, de 4,6 mil para 2,1 mil.
No total dos estados, cinco tiveram elevação do número semanal de casos, sete ficaram estabilizados (com variações positivas ou negativas de até 15%) e 25 apresentaram diminuição nos patamares entre as duas semanas epidemiológicas.
A Agência Brasil entrou em contato com as secretarias de saúde dos estados que registraram maior incremento nas mortes na comparação realizada. A secretaria do Tocantins reconheceu que agosto foi o mês com mais casos mas afirmou que em setembro já há uma tendência de queda. “Tais números sugerem que agosto pode ter sido o pico da curva de contágio no Estado do Tocantins, contudo, ainda é cedo para afirmar isso de forma categórica”, disse o órgão.
A Agência Brasil entrou em contato com as secretarias de saúde do Amazonas e do Pará e aguarda retorno.
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AGENCIA BRASIL
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