A Câmara dos Deputados do Chile aprovou ontem (23), por 109 votos a favor, um contra e uma abstenção, o adiamento do plebiscito para alterar a atual
Redação Publicado em 25/03/2020, às 00h00 - Atualizado às 12h29
A Câmara dos Deputados do Chile aprovou ontem (23), por 109 votos a favor, um contra e uma abstenção, o adiamento do plebiscito para alterar a atual Constituição do país, que está vigente desde a ditadura de Augusto Pinochet.
A votação, que estava marcada para o dia 26 de abril, passou para o dia 25 de outubro deste ano devido pandemia do novo coronavírus.
Há uma semana, o presidente chileno, Sebastián Piñera, declarou estado de catástrofe por 90 dias devido ao aumento de casos da doença. O Chile tem hoje 922 casos confirmados e duas mortes pelo novo coronavírus. A medida concede ao governo poderes para restringir a liberdade de movimento e garantir o fornecimento de alimentos e serviços básicos.
A reforma da Carta Magna chilena é uma das principais reivindicações dos manifestantes que fazem protestos desde outubro do ano passado reivindicando um sistema mais inclusivo e que garanta melhores condições de vida.
Os movimentos sociais veem essa possível reforma como uma oportunidade para realizar a primeira Assembleia Constituinte na história do país. Nenhuma das dez constituições chilenas até hoje foi redigida por meio de um processo democrático.
A mudança na data do plebiscito também alterou o restante do calendário eleitoral. As eleições municipais do país, que estavam marcadas para acontecer em outubro, foram reagendadas para abril de 2021.
A Bolívia também alterou seu calendário eleitoral devido a pandemia do novo coronavírus. As eleições presidenciais, previstas para o dia 3 de maio, foram adiadas por tempo indeterminado.
O país tem hoje 32 casos confirmados sem óbitos.
O governo interino de Jeanine Áñez declarou, no último sábado (21), quarentena de 14 dias em todo o país. Em seguida, o Tribunal Supremo Eleitoral determinou o adiamento das eleições presidenciais e o presidente do órgão, Salvador Romero, afirmou que a nova data será decidida em consenso com as forças políticas do país.
na Argentina, na cidade de Rio Cuarto, as eleições municipais convocadas para o dia 29 de março foram suspensas para evitar a propagação do novo coronavírus.
O governo da República Dominicana decidiu manter as eleições legislativas e presidenciais do próximo dia 17 de maio. A Junta Central Eleitoral do país confirmou ontem que 82.525 funcionários trabalharão no pleito.
O ministro da Saúde, Rafael Sánchez, afirmou que a votação poderá, sim, ser realizada. A República Dominicana tem 312 casos confirmados de Covid – 19 e seis mortes.
EBC
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