A defesa agropecuária receberá US$ 200 milhões nos próximos cinco anos para modernizar o controle de pragas e reestruturar os serviços de sanidade animal e
Redação Publicado em 05/12/2019, às 00h00 - Atualizado às 11h53
A defesa agropecuária receberá US$ 200 milhões nos próximos cinco anos para modernizar o controle de pragas e reestruturar os serviços de sanidade animal e vegetal. Desse total, US$ 195 milhões virão do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Os US$ 5 milhões restantes serão aportados pelo governo federal, como contrapartida.
O contrato de empréstimo para o Programa de Modernização e Fortalecimento da Defesa Agropecuária (Prodefesa) foi assinado hoje (4) pela ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, e o representante do BID no Brasil, Hugo Flórez Timorán. Autorizada pelo Senado Federal, a operação de crédito foi firmada na cerimônia de celebração dos 60 anos do banco.
A ministra da Agricultura disse que o Prodefesa permitirá que o Brasil continue livre de doenças como a febre aftosa e de pragas como a mosca da carambola. Ela também destacou que a modernização da defesa agropecuária tornará possível aumentar as áreas livres de peste suína clássica.
“Estou muito feliz com este momento porque um dos pilares da minha gestão é justamente a defesa agropecuária. Hoje, o agro responde por mais de 40% das exportações brasileiras e por isso precisamos aprimorar nossa vigilância internacional e agilizar, pela informatização, a liberação de mercadorias, bem como inspeções, registros e autorizações. Simplificar sem precarizar, como digo sempre, usando a tecnologia a nosso favor”, disse a ministra.
Para o representante do BID no país, o contrato de empréstimo mostra que a instituição financeira tem interesse em manter o Brasil como parceiro estratégico. “Para os próximos anos, vamos continuar acompanhando o país em seus esforços para aumentar o ritmo de crescimento da produtividade e assim consolidar seus ganhos sociais”, disse Timorán.
Segundo o Ministério da Agricultura, o controle e erradicação de pragas e doenças receberão a maior parte dos recursos, no total de US$ 137 milhões. Os investimentos em conhecimento e inovação para a defesa agropecuária ficarão com US$ 35 milhões. A melhoria da eficiência dos serviços de defesa agropecuária terão US$ 23 milhões. A contrapartida de US$ 5 milhões será aportada pelo ministério, destinando-se ao acompanhamento e à avaliação dos projetos.
Depois do Prodefesa, o Ministério da Agricultura está negociando o apoio do BID ao Plano Agronordeste, que pretende ajudar pequenos e médios produtores do Semiárido. Segundo Tereza Cristina, o Ministério da Economia autorizou a aprovação da carta consulta de apoio da instituição financeira para março do próximo ano.
Essa não é a primeira parceria entre o BID e o Ministério da Agricultura. Em 2013, o banco aprovou o Projeto Rural Sustentável, que promove a utilização de tecnologias de agricultura com baixa emissão de carbono na Amazônia e na Mata Atlântica. Em seis anos, o projeto beneficiou 25 mil produtores e atingiu 46 mil hectares.
Agência Brasil
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