As vendas do comércio varejista brasileiro tiveram uma alta de 1,3% em agosto na comparação com julho, informou nesta quinta-feira (11) o Instituto Brasileiro
Redação Publicado em 11/10/2018, às 00h00 - Atualizado às 10h47
As vendas do comércio varejista brasileiro tiveram uma alta de 1,3% em agosto na comparação com julho, informou nesta quinta-feira (11) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Trata-se da primeira alta depois de 3 quedas mensais seguidas e o do maior avanço desde junho de 2017 (1,6%). Segundo o IBGE, o resultado de agosto compensou a maior parte da retração de 1,5% acumulada nos últimos três meses. “Praticamente recupera, voltando o patamar do varejo próximo a abril”, afirmou a gerente da pesquisa, Isabella Nunes.
No caso do varejo ampliado,que inclui as atividades de veículos e motos e materiais de construção, as vendas aumentaram 4,2% entre julho e agosto, a maior alta desde outubro de 2012, quando foi de 6,2%, segundo o IBGE.
O comércio do Brasil teve o melhor agosto em 4 anos, segundo o IBGE. Na comparação com agosto do ano passado, as vendas cresceram 4,1%, melhor resultado para o mês desde 2014 (3,7%).
A leitura de agosto ficou bem acima da média das projeções de 31 consultorias e instituições financeiras consultadas pelo Valor Data, de avanço de 0,1%. O intervalo das projeções ia de redução de 0,7% a alta de 1,6%.
A pesquisadora do IBGE ponderou, porém, que apesar do resultado positivo, não se deve avaliar o setor com muito otimismo.
“Não é um movimento que tire da rota de forma surpreendente [a lenta recuperação do comércio]. Não é uma reversão de tendência. O mês de agosto teve o papel de reverter as perdas dos três meses anteriores”.
Com a alta de agosto, o setor passou a acumular alta de 2,6% no ano, o que representa uma aumento de ritmo em relação ao acumulado até julho (2,3%). Em 12 meses, o avanço passou de 3,2% em julho para 3,3% em agosto, mas ainda abaixo do patamar registrado até junho (3,6%).
Segundo Isabella, o patamar do comércio varejista está 6,4% abaixo do pico mais alto do setor, registrado em outubro de 2014. Em julho, essa distância havia chegado a 7,6%. O patamar mais baixo da série histórica, iniciada em 2000, foi registrado em dezembro de 2016, quando ficou 13,5% abaixo do recorde.
A única atividade com taxa negativa em agosto foi a de livros, jornais, revistas e papelaria (-2,5%), que passou a acumular perda de 9,7% desde maio.
As maiores altas no mês foram registradas nos setores de vestuário e calçados, veículos, material de construção e combustíveis.
Segundo Nunes, entre os fatores de influência para a alta nas vendas de agosto, além da relativa melhora no mercado de trabalho, estão as compras para o Dia dos pais e a liberação dos recursos do fundo PIS/Pasep.
O segmento que mais puxou a alta foi o de tecidos, vestuários e calçados, que teve alta de 5,6% na comparação com o mês anterior.
“Além do Dia dos Pais, que estimula a venda sobretudo de roupas, calçados e acessórios, tem a questão sazonal, já que em agosto tivemos temperaturas mais baixas que no ano passado, elevando as vendas neste segmento”, afirma a pesquisadora.
Vendas do comércio por setor:
Na comparação com agosto do ano passado, os maiores avanços foram registrados nas vendas de Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (5,5%), outros artigos de uso pessoal e doméstico (9,5%) e artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (7,4%). Por outro lado, houve queda nas vendas de combustíveis e lubrificantes (-2,0%), móveis e eletrodomésticos (-2,4%) e livros, jornais, revistas e papelaria (-12,0%).
Hove alta nas vendas do comércio em agosto em 24 das 27 unidades da Federação com destaque para Paraíba (7,5%) e Acre (7,1%). Os estados de Tocantins (-2,0%) e Piauí (-0,5%) apresentaram as únicas variações negativas no mês.
O IBGE revisou os últimos resultados do comércio. Em julho, ao invés de uma queda de 0,5%, o volume de vendas recuou 0,1%. Em junho, a revisão foi de uma queda de 0,4% para uma queda de 0,2%. Em maio, o recuo foi revisado de 1,4% para uma queda de 1,2%.
Com o desemprego ainda elevado e confiança dos empresários e consumidores ainda baixa, a economia brasileira tem mostrado um ritmo de recuperação mais lento que o esperado.
A confiança do comércio caiu em setembro e atingiu o menor nível em cerca de um ano, segundo indicador da Fundação Getulio Vargas (FGV). O Índice de Confiança do Comércio (Icom) caiu 1,2 ponto e chegou a 88,7 pontos em setembro, atingindo o menor valor desde agosto de 2017.
Após divulgação de alta de apenas 0,2% no PIB no 2º trimestre, analistas do mercado passaram a projetar um crescimento mais próximo a 1% em 2018. Segundo a última pesquisa Focus do Banco Central, a expectativa do mercado é que a economia cresça 1,34% em 2018, menos da metade do que era esperado do começo do ano.
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