O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público e policiais militares cumprem nesta quinta-feira (22) 8 mandados de prisão e 11 de busca e apreensão em Campinas (SP), Jundiaí (SP), São Paulo (SP) e Serra Negra (SP).
A ação faz parte da 3ª fase da Operação Ouro Verde, que investiga desvio de verbas públicas na saúde e foi batizada de ‘Reação’.
Segundo o Gaeco, dentro os investigados estão um secretário municipal [nome não confirmado], dois ex-diretores do Hospital Ouro Verde e quatro empresários. Os nomes de todos os presos não foram divulgados.
Mas a promotoria confirmou a prisão do empresário do ramo de comunicações Sylvino de Godoy Neto, que edita o Correio Popular. Um vizinho do empresário disse que ele passou mal e uma ambulância foi acionada.
Em Jundiaí, foi preso o diretor da Vitale, que administrava o Ouro Verde, Thiago Pena.
Motivo das prisões
Os alvos são investigados pelos crimes de organização criminosa, corrupção, peculato e lavagem de dinheiro. Ainda segundo os promotores, apurou-se o desvio de ao menos R$ 2 milhões de recursos públicos.
Preso da Operação Ouro Verde 3 chega na sede do Ministério Público, em Campinas — Foto: Cristina Maia/EPTV
Os desvios envolveram o direcionamento de contratação de fornecedores com preços superfaturados e entrega de vantagens indevidas para agentes públicos.
R$ 7 milhões desviados
Para os promotores, somados os valores das duas outras fases da Ouro Verde o montante totaliza cerca de R$ 7 milhões desviados dos cofres públicos. Isso, no período em que o hospital era administrado pela Organização Social Vitale.
Mandado na Prefeitura
Um dos alvos da ação é na Prefeitura de Campinas. Três viaturas da PM chegaram pouco depois das 6h e entraram pela garagem no Palácio dos Jequitibás, sede do governo municipal. Duas saíram em seguida e uma ficou estacionada no local. A PM deixou o prédio às 9h15.
Dois andares da Prefeitura estão interditados, o 13º e o 14ª, segundo apurou a EPTV, afiliada da TV Globo.