A Polícia Federal de Bauru (SP) deflagrou na manhã desta sexta-feira (27) a Operação Jurumirim, que investiga o uso de empresas de fachada para sonegar
Redação Publicado em 27/08/2021, às 00h00 - Atualizado às 14h46
A Polícia Federal de Bauru (SP) deflagrou na manhã desta sexta-feira (27) a Operação Jurumirim, que investiga o uso de empresas de fachada para sonegar impostos e ocultar movimentações financeiras ilícitas, originadas principalmente do contrabando de cigarros. O grupo sonegou aproximadamente R$ 25 milhões, informou a PF.
O valor é de contribuições sonegadas, como impostos de pessoas físicas e jurídicas, inclusive, em decorrência das inúmeras apreensões de cigarros ilegalmente transportados. Durante as investigações, mais de 4 milhões de maços foram apreendidos.
A Justiça também determinou o bloqueio de bens dos investigados, entre eles, uma fazenda e um hospital, adquiridos como produtos dos crimes de sonegação fiscal, adulteração de combustíveis e contrabando de cigarros, visando promover a ocultação dos valores obtidos com a prática dessas condutas.
A identidade dos investigados não foi informada por conta do sigilo fiscal, informou a Receita Federal, que participa da operação juntamente com o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público Federal.
Documentos foram apreendidos em Avaré (SP) em operação da Polícia Federal contra sonegação fiscal — Foto: Polícia Federal/Divulgação
Cerca de 80 agentes federais foram aos locais indicados para cumprir 19 mandados de busca e apreensão expedidos pela 1ª Vara Federal em Avaré (SP). Os mandados são cumpridos em Bauru, Avaré, Itaí, Botucatu, Sorocaba, Araçoiaba da Serra e Guarulhos.
Segundo a PF, diversos empresários e seus familiares, com o apoio de escritórios de advocacia e de contabilidade, se utilizavam de escrituras em nome de terceiros e pessoas “criadas”, os chamados “laranjas”, exclusivamente para cometimento das fraudes.
Os investigados, por intermédio desses “laranjas”, também negociaram aeronaves, embarcações, veículos e caminhões destinados ao contrabando de cigarros, além de fazendas, imóveis residenciais e, até mesmo, um hospital.
Mandados foram cumpridos em imóveis de alto padrão em cidades do interior de SP e Grande SP — Foto: Polícia Federal/ Divulgação
Os envolvidos podem ser responsabilizados pelos crimes de associação criminosa, sonegação fiscal, falsidade ideológica, uso de documento falso e lavagem, na modalidade ocultação.
O nome da operação se deve ao fato da atuação de grande parte das empresas investigadas e dos principais envolvidos se situarem na região da represa de Jurumirim, localizada no município de Avaré.
Operação foi deflagrada pela PF em Bauru — Foto: Giuliano Tamura/TV TEM/Arquivo
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G1
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