O serial killer conhecido como “Monstro da Favela Alba” será julgado em 18 de março de 2022 pela acusação de ter matado cinco pessoas (quatro mulheres por
Redação Publicado em 16/12/2021, às 00h00 - Atualizado às 06h38
O serial killer conhecido como “Monstro da Favela Alba” será julgado em 18 de março de 2022 pela acusação de ter matado cinco pessoas (quatro mulheres por asfixia e um homem esfaqueado) e as enterrado em sua casa, em 2015, na Zona Sul de São Paulo. O caso repercutiu à época depois que corpos e ossadas foram encontrados pela polícia.
O pintor de paredes Jorge Luiz Morais de Oliveira tem 47 anos e está preso. O júri popular do réu será realizado no Fórum Criminal da Barra Funda, Zona Oeste da capital paulista.
“Todas as vidas valem muito. No caso, lutaremos por um julgamento justo e pela responsabilização do acusado na exata medida do que provarmos em relação aos cinco homicídios”, falou o promotor Paulo Henrique Arantes ao g1.
Polícia encontra corpos e ossos enterrados na casa de pintor, na Favela Alba, em 2015
Em 1996, Jorge foi condenado na Justiça por dois outros assassinatos, cometidos na região do Jabaquara em 1994 e 1995 (quando, respectivamente, atirou num homem e usou um taco de sinuca e um bloco de concreto contra outro). Recebeu penas somadas de 17 anos e 9 meses de prisão pelos assassinatos. Acabou solto em 2013 após cumprir a pena.
Em liberdade, ele foi acusado de estuprar uma mulher em 2015 dentro da residência dele, que ficava na Rua Professor Francisco Emydio da Fonseca Teles, perto da Rua Alba, que dá nome à comunidade do Jabaquara. Neste último caso, a mulher sobreviveu e o denunciou às autoridades. Contou que viu cadáveres enterrados numa espécie de cemitério clandestino dentro do imóvel de 20 metros quadrados.
Polícia continua as buscas por vítimas do pintor Jorge Luiz Morais de Oliveira em local próximo à sua residência na Favela Alba, em São Paulo. O local era utilizado como ponto de encontro para usuários de drogas. Oliveira foi preso na sexta-feira (25) — Foto: Chello Fotógrafo/Futura Press/Estadão Conteúdo
Depois disso, a polícia, que procurava pessoas desaparecidas na região, foi ao local e desenterrou os restos mortais. Também foram encontradas roupas e objetos das vítimas na residência. Jorge foi preso ainda em 2015. À época, ele confessou inicialmente ter matado seis pessoas, mas exames de DNA só identificaram cinco delas, não encontrando material genético da sexta vítima.
Depois, em audiência judicial, Jorge negou quatro desses assassinatos e admitiu apenas um homicídio, alegando que esfaqueou um homem em legítima defesa.
Segundo o Ministério Público, as cinco vítimas do serial killer eram homossexuais ou usuárias de drogas. De acordo com a acusação, Jorge as matava por esses motivos. Ele as convidava para sua casa, algumas com o pretexto de que iriam consumir entorpecentes, depois as matava, de acordo com a acusação.
Em 2020, Jorge foi julgado e condenado a seis anos de prisão pelo estupro cometido em 2015. Atualmente, ele está detido na Penitenciária de Lucélia, no interior paulista, segundo a Secretaria da Administração Penitenciária (SAP).
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g1
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