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Ex-namorada revela o que aconteceu com jogador encontrado esquartejado

Partes do corpo de Hugo Vinícius Skulny Pedrosa foram achadas em um rio

Ex-namorada revela o que aconteceu com jogador encontrado esquartejado - Imagem: reprodução / Instagram @skunly.p
Ex-namorada revela o que aconteceu com jogador encontrado esquartejado - Imagem: reprodução / Instagram @skunly.p

Nathalia Jesus Publicado em 05/07/2023, às 09h21


Rubia Joice de Oliver Luvisetto, de 19 anos, ex-namorada do jogador de futebol encontrado morto e esquartejado no Mato Grosso do Sul, foi presa na última segunda-feira (03) e deu detalhes que podem revelar o que aconteceu com a vítima.

De acordo com a Polícia Civil de Sete Quedas, Rubia afirmou que Hugo Vinícius Skulny Pedrosa, de 19 anos, foi atingido com um tiro após invadir a casa dela durante a madrugada. O disparo teria tido como autor um homem que a acompanhava na ocasião.

Segundo o advogado que defende a jovem, Felipe Cazuo, ela afirmou que o ex-namorado foi morto a tiros após invasão ao quarto dela na madrugada do dia 25 de junho. Ainda conforme o defensor, Rubia ressaltou que não teve envolvimento direto com o crime e que, após o homicídio, foi ameaçada por Danilo Alves Vieira da Silva, também de 19 anos, para que ficasse calada.

Segundo informações da Folha de S. Paulo, a polícia ainda não informou se Danilo é considerado foragido.

O caso

Hugo Vinícius havia desaparecido na madrugada do dia 25 de junho. No domingo seguinte, dia 2 de julho, partes do corpo do atleta foram encontradas no rio Iguatemi. O reconhecimento preliminar foi possível por conta de uma tatuagem no antebraço direito.

De acordo com o boletim de ocorrência, Rubia disse que foi a uma festa em Pindoty Porá, cidade paraguaia na região da fronteira, e ficou na mesma mesa em que estava Silva. Segundo ela, os dois namoraram de 2019 a 2020, mas depois se tornaram amigos e mantinham relações sexuais esporádicas.

Na mesma festa estava o jogador de futebol com quem ela havia namorado neste ano e havia rompido o relacionamento. Ela afirmou que não teve contato com a vítima no local.

Ainda segundo o relato da jovem, na saída da festa, ela foi para casa acompanhada de Silva e outro homem, que foi identificado apenas como Maninho. Ela disse ter acordado com o jogador na sua casa, acendendo a luz e fazendo insultos contra ela por estar com Silva.

Ela disse que empurrou o jogador até a porta da residência para que ele fosse embora, mas foi surpreendida com a chegada de Silva pelas costas dela, armado, que disparou um tiro contra Pedrosa.

Com o barulho da confusão e do tiro, Maninho acordou. Em seu depoimento à polícia, o jovem disse que foi ameaçado por Silva a tirar o atleta do local.

Usando o carro dela, os dois colocaram o corpo na carroceria e foram até um sítio perto de estrada vicinal.

Lá, segundo Maninho relatou à Polícia Civil, Silva retirou o corpo do jogador sozinho, deu nele mais dois tiros e o empurrou para dentro do rio Iguatemi. Depois, ainda de acordo com esse relato, Silva pegou mangueira e lavou a carroceira do carro antes de voltar para casa de Luvisetto.

O boletim de ocorrência não traz detalhes sobre o esquartejamento e a polícia também não esclareceu o momento em que ele teria ocorrido. No depoimento de Maninho, consta que ele tenha demonstrado surpresa ao saber do esquartejamento, pois afirmou que, quando saíram do sítio, o corpo apenas tinha sido empurrado nas águas.

Rubia afirmou que lavou a entrada da casa e aguardou a chegada dos dois. Depois, disse ter sido obrigada a levar Silva para casa, deixando o amigo no sofá da sala.

No dia seguinte, disse ter recebido visita de Silva e novamente ter sido ameaçada. Nos dias que se seguiram, ficaram sabendo da investigação que apurava o desaparecimento de Pedrosa. A estudante já havia prestado um depoimento à polícia, dizendo que não sabia de nada. Segundo a versão dela, no dia 29, falou para a mãe que queria contar a verdade.

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