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Operações em SP bloqueiam R$ 9,8 bilhões em contas e bens ligados ao PCC

Ação foi deflagrada pelas polícias Civil, Federal e Militar, em parceria com o Gaeco

Operações bloqueiam R$ 9,8 bilhões em contas e bens ligados ao PCC - Imagem: Divulgação / MPSP
Operações bloqueiam R$ 9,8 bilhões em contas e bens ligados ao PCC - Imagem: Divulgação / MPSP

William Oliveira Publicado em 03/09/2024, às 11h52


Nos últimos quatro meses, em operações deflagradas pelas polícias Civil, Federal e Militar, a Justiça de São Paulo bloqueou o total de R$ 9,8 bilhões em contas e bens vinculados ao Primeiro Comando da Capital (PCC)

De acordo com as autoridades, a investigação analisa o envolvimento do PCC com empresas de ônibus, administrações municipais e campanhas políticas. Além disso, a investigação também verifica o envolvimento da facção em esquemas de lavagem de dinheiro.

Em abril deste ano, o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), que também atua no caso, realizou uma operação contra a Transwolff e a UpBus, bloqueando R$ 600 milhões. Na ocasião, quatro mandados de prisão foram expedidos contra dirigentes e sócios das empresas, ligados ao PCC.

Posteriormente, três vereadores de diferentes cidades de São Paulo também foram presos, suspeitos de envolvimento em contratos públicos milionários com prefeituras, câmaras municipais e governo estadual. O valor das contas dos investigados pode chegar a R$ 200 milhões.

Até o momento, o maior bloqueio de valores da operação ocorreu no dia 6 de agosto, durante uma ação que bloqueou mais de R$ 8,1 bilhões de suspeitos de infiltrar integrantes do PCC ao lançar candidatos em eleições municipais.

Lavagem de dinheiro

No último dia 23, durante a quinta fase da Operação Downtown, a Polícia Civil constatou a existência de um sistema bancário do PCC que lavava o dinheiro do tráfico de drogas da Cracolândia em empresas no Brasil e no Uruguai. O valor atinge R$ 150 milhões.

Após uma semana, a Polícia Federal deflagrou uma operação contra uma quadrilha suspeita de lavar dinheiro para a facção por meio de fintechs clandestinas. Além das prisões, a Justiça autorizou o bloqueio de R$ 850 milhões em contas associadas à organização.

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