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COLUNA ESPLANADA

Contagem regressiva para o fracasso: o projeto Cyclone e as perdas para o Brasil

Nove anos após o acordo com a Ucrânia, o governo brasileiro enfrenta as consequências de um investimento bilionário que foi por água abaixo

Contagem regressiva para o fracasso: o projeto Cyclone e as perdas para o Brasil
Contagem regressiva para o fracasso: o projeto Cyclone e as perdas para o Brasil
Leandro Mazzini

por Leandro Mazzini

Publicado em 13/08/2024, às 09h25


A sucata do foguete

Nove anos depois de romper o acordo com o Governo da Ucrânia e 19 anos após a criação do projeto Cyclone, só há dias o Governo do Brasil se lembrou do tamanho da conta que ficou para a União. Agora com o pé no chão, depois do foguete que não subiu na Base de Alcântara, o presidente Lula da Silva publicou o Decreto 12.133, dia 7, no qual determina a inventariança dos bens (alguns milionários) e o pente fino nos custos do projeto no Ministério da Ciência e Tecnologia – uma pasta tradicionalmente nas mãos dos aliados PSB e PCdoB. O Decreto aponta a necessidade de “relatórios bimestrais sobre o andamento das atividades”, “proceder ao encerramento dos registros” em todas as esferas públicas e, claro, investigar o que foi pago, a que serviços e se os mesmos foram realizados nos contratos ainda em vigor da Alcântara Cyclone Space.

Oi e tchau

Os deputados General Girão (PL-RN) e Alfredo Gaspar (UNIÃO-AL) foram os únicos que encararam a longa viagem até Kiev – mais de 18 horas de voo e outros 700 km de estrada – com a intenção de se reunirem com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, como representantes do Brasil. Mas não foi desta vez. Os ucranianos esperavam uma comitiva brasileira com mais “musculatura” política.

Blindagem

Os senadores Tereza Cristina (PL-MS) e Ciro Nogueira (PP-PI) convidaram a dupla do Itamaraty Mauro Vieira-Celso Amorim a explicar a posição do Brasil com a Venezuela. O presidente da Comissão de Relações Exteriores, Renan Calheiros, deixou passar, mas ele e os governistas entraram em alerta e vão blindar a dupla – se os dois aparecerem.

Greve nessa hora?

Em meio ao tiroteio diplomático entre Brasil e Nicarágua e com o Governo segurando a operação de três embaixadas em Caracas, com a crise da “eleição” de Nicolás Maduro, pela 1ª vez na História os diplomatas sindicalizados do Ministério das Relações Exteriores aprovaram ontem à tarde um indicativo de greve. As categorias rejeitaram reajustes salariais que vão de 7% a 23%.

Correios no pódio

Com o menor patrocínio entre estatais para esporte olímpico, o Correios pode comemorar que o investimento valeu à pena. Rebeca Andrade e equipe trazem de Paris quatro medalhas. O Correios investe R$ 4,5 milhões por ano na Confederação Brasileira de Ginástica. Mixaria perto das centenas de milhões do BB e Caixa em outros esportes.

Márcio & Manoa

O escritor Márcio Souza, que faleceu ontem, instigava o visitante de Manaus a admirar o crepúsculo da floresta para enxergar Manoa, a outra cidade (imaginária) que só se revelava na silhueta do horizonte ao fim do dia. Souza foi um dos maiores escritores brasileiros, autor de “Mad Maria”, “Amazônia” e “Galvez, Imperador do Acre”, entre outros – alguns deles minisséries de sucesso da TV Globo.

ESPLANADEIRA

#TJ de Goiás otimiza serviços para 7 milhões de cidadãos com soluções da Avaya.  #Material didático brasileiro criado por Edify Education é finalista no prêmio internacional ELTons Awards 2024. #6ª edição da Missão Internacional do IRELGOV acontecerá de 29 de setembro a 4 de outubro em Washington, D.C.  #Ibmec leva Jornada Gamificada ao Rio Innovation Week e participa de debate exclusivo sobre G20. #IJC venceu o Prêmio Líderes de Acessibilidade pelo 1º site do Brasil 100% acessível. #Rede de ADEs do Brasil e  Instituto Positivo realizam em Brasília evento para debater o PNE.

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