Em coletiva de imprensa online realizada nesta quarta-feira, Mark Adams, porta-voz do COI, ressaltou que as vacinas doadas após acordos com a Pfizer e a China
Redação Publicado em 12/05/2021, às 00h00 - Atualizado às 17h45
A doação de vacinas a atletas e credenciados às Olimpíadas gerou respostas contrárias pelo mundo. O Comitê Olímpico Internacional, porém, acredita que a vacinação de esportistas poderá servir de modelo diante da resistência de certa parte da população no combate ao coronavírus.
Em coletiva de imprensa online realizada nesta quarta-feira, Mark Adams, porta-voz do COI, ressaltou que as vacinas doadas após acordos com a Pfizer e a China não afetarão o programa de vacinação dos países.
– Nós deixamos claro que são doses fora dos programas dos países. Essas doses vão, inclusive, ajudar os programas. Nós estamos confiantes de a vacinação dos atletas também pode incentivar a população, com eles liderando o caminho. É uma mensagem muito importante e que não deve ser subestimada – afirmou.
O Ministério da Saúde confirmou na tarde de terça-feira que a vacinação da delegação brasileira terá início nesta quarta-feira, no Rio de Janeiro, em São Paulo e em Fortaleza. Outras três capitais brasileiras (Porto Alegre, Belo Horizonte e Brasília) também serão palco da vacinação de atletas. A imunização será feita em parceria com o Ministério da Defesa e o Ministério da Cidadania. Além de atletas, profissionais credenciados para as Olimpíadas também serão vacinados.
Em Porto Alegre e Brasília, a vacinação terá início no dia 17. Apenas em Belo Horizonte ainda não se tem previsão para dar início à imunização.
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, confirmou também que a vacinação da delegação não influenciará a imunização da população brasileira. Segundo o titular da pasta, o Brasil receberá 4050 doses da vacina da Pfizer e mais 8 mil doses da CoronaVac.
– Nós vamos fazer essa iniciativa contando com o apoio de farmacêuticas que doarão doses para o nosso Programa Nacional de Imunização. De tal maneira que não vai desfalcar o PNI – afirmou o ministro.
De acordo com Queiroga, a quantidade de imunizantes é suficiente para vacinar atletas, comissões técnicas, profissionais credenciados e também a população brasileira, uma contrapartida à vacinação da delegação.
O ministro da Cidadania, João Roma, já havia falado sobre a vacinação da delegação durante reunião da Comissão de Esportes, na Câmara dos Deputados, nessa segunda-feira. O assunto voltará a ser debatido nesta terça-feira.
– Foi noticiado já a autorização para a vacinação desses atletas. Em conjunto com o Exército Brasileiro e com autorização do Ministério da Saúde – afirmou.
Em março, o ge noticiou que atletas militares brasileiros seriam vacinados como grupo prioritário das Forças Armadas, de acordo com o Ministério da Saúde. O COB sempre declarou que “a entidade seguirá o PNI”. Agora, ficou a cargo do próprio COB elaborar a lista final com os nomes que irão a Tóquio. A operação vai usar instalações das Forças Armadas em seis capitais brasileiras. Além do CT do Time Brasil, no Maria Lenk, no Rio de Janeiro.
Vários países do mundo estão imunizando suas delegações para competir nos Jogos Olímpicos de Tóquio. Nesta terça-feira, a Austrália, por exemplo, começou a vacinar seus credenciados. Outros países também colocaram atletas no grupo prioritário para a vacinação contra a Covid-19, como Bélgica, Espanha, Nova Zelândia, Alemanha, México, entre outros. O COI já disse publicamente que as vacinas não serão obrigatórias para os atletas disputarem os Jogos.
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Fonte: Ge – Globo Esporte.
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