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Prefeitura de SP vai definir realização ou cancelamento do carnaval até 10 de janeiro

A definição sobre o cancelamento ou as regras para a realização do carnaval 2022 em São Paulo será definida pela prefeitura até o dia 10 de janeiro.

Prefeitura de SP vai definir realização ou cancelamento do carnaval até 10 de janeiro
Prefeitura de SP vai definir realização ou cancelamento do carnaval até 10 de janeiro

Redação Publicado em 31/12/2021, às 00h00 - Atualizado às 10h09


A definição sobre o cancelamento ou as regras para a realização do carnaval 2022 em São Paulo será definida pela prefeitura até o dia 10 de janeiro.

Segundo o secretário municipal da Saúde, Edson Aparecido, esse é o prazo para os gestores receberem o posicionamento da Vigilância Sanitária.

O grupo que analisará a viabilidade ou não do carnaval é o mesmo que sugeriu o cancelamento do Réveillon da avenida Paulista, decisão acatada pelo município.

Ainda de acordo com Aparecido, é possível que haja diretrizes diferentes em relação aos desfiles das escolas de samba no Sambódromo do Anhembi e ao carnaval de rua da capital paulista. Ou seja, pode ser que um desses eventos seja liberado e o outro, não.

Aparecido explica que isso se deve ao fato de o Sambódromo do Anhembi, na Zona Norte, ter uma espécie de “controle” de público, cenário diferente do carnaval de rua.

O local pode adotar práticas fundamentais para o controle da pandemia como a exigência do passaporte da vacina para que as pessoas tenham acesso ao Anhembi e também a obrigatoriedade do uso de máscaras.

Segundo o secretário, o avanço da variante ômicron é uma das preocupações da Vigilância Sanitária municipal, que pesará na análise dos técnicos.

696 blocos

Apesar da preocupação, a Prefeitura de São Paulo aprovou, nesta quinta-feira (30), os desfiles de 696 blocos para o carnaval de 2022. A autorização foi publicada no Diário Oficial do Município.

Em nota, a Secretaria Municipal das Subprefeituras ainda celebrou o número, por representar um marcador inédito: segundo a pasta, é a maior quantidade de blocos registrada na história da cidade.

A gestão municipal também afirma que 64 desfiles foram cancelados, sendo 23 deles por não retornarem o contato para o envio de todas as informações.

Embora siga sustentando e avançando nos tramites, a realização do evento permanece condicionada à situação epidemiológica do município no próximo ano: o número de casos, mortes e internações por coronavírus deverá balizar as decisões.

O bloco do cantor Bell Marques arrastou milhares de foliões neste sábado(29), na região do Parque do Ibirapuera, durante o pós-carnaval de rua de São Paulo. — Foto: Marcelo Chello/Estadão Conteúdo
O bloco do cantor Bell Marques arrastou milhares de foliões neste sábado(29), na região do Parque do Ibirapuera, durante o pós-carnaval de rua de São Paulo. — Foto: Marcelo Chello/Estadão Conteúdo

No dia 23 de dezembro, a Prefeitura de São Paulo havia informado que 28 blocos cancelaram a participação no carnaval de rua da capital em 2022.

Entre os que já tinham solicitado o cancelamento estavam as cantoras Daniela Mercury (Pipoca da Rainha) e Gloria Groove (Bloco das Gloriosas), a produtora de funk Kondzilla (Bloco do Kondzilla) e o ator e cantor Tiago Abravanel (Bloco do Abrava).

Artistas cancelaram blocos de carnaval em São Paulo em 2022 — Foto: Reprodução
Artistas cancelaram blocos de carnaval em São Paulo em 2022 — Foto: Reprodução

Nova variante avança

Nesta quinta (30) também foram confirmados mais 52 casos de contaminação pela ômicron na capital paulista. O total, com base nos sequenciamentos feitos pela administração pública, agora chega a 69.

O número, entretanto, tende a ser subnotificado. Laboratórios e intuições privadas apontam que a presença da variante tende a ser maior.

Monitoramento feito pelo Hospital Albert Einstein, de São Paulo, e atualizado no domingo (26), mostrou que 62% das amostras de coronavírus sequenciadas pela instituição nos últimos 30 dias foram da variante ômicron.

Os dados foram obtidos a partir de uma amostragem de pacientes atendidos em todas as unidades hospitalares e laboratoriais do Einstein, segundo a empresa.

Nos últimos 30 dias, foram 22 casos causados pela variante ômicron e 13 provocados por diferentes linhagens da variante delta, dentre os sequenciados pela instituição.

Nos últimos 7 dias, 80% dos testes positivos analisados pelo Laboratório Mendelics eram da variante ômicron, segundo apuração da GloboNews.

Na semana passada, o índice era de 15%. E na semana retrasada, era de 0% de ômicron.

A taxa de positividade nos testes também cresceu rápido. Nas últimas 3 semanas, foi de 0,6% para 8%.

A Mendelics faz testes para redes de farmácias. A pessoa física compra o kit do teste nos locais, faz a coleta em casa, e o laboratório retira.

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G1
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