O que tirar do programa popular e tão criticado? Sua contribuição social vai além do entretenimento, basta mudar de ângulo.
Redação Publicado em 25/07/2016, às 00h00 - Atualizado em 19/08/2016, às 20h37
Desde sua popularização, a televisão é conhecida como via de entretenimento e alienação. O título não é em vão, por meio dela as massas são “orientadas” a agir de tal maneira a favor do leque de patrocinadores. A Teoria Hipodérmica, da década de 30, sugere o objeto popularizado nos anos 50, no Brasil, como influenciador de comportamento, portanto de dominação social.
O programa de TV aberta, Casos de Família é exibido pelo SBT e comandado pela apresentadora Christina Rocha e é tido como popular e se resume em apresentar aos espectadores, situações problemáticas. Os temas variam de homossexualidade, relações entre cônjuges, pais e filhos, amigos, portanto, em todo tipo de relação interpessoal polêmica, com ressalto aos que estão em alta no período.
Apesar da queda registrada em março, o show ainda abarca reação significativa diante do público vespertino e, mesmo assim, recebe duras críticas na internet. Entretanto, uma visão por outro ângulo, talvez alternativa, pode ser levada em consideração. Os temas evocam problemas sociais das classes mais baixas e, verídicos ou não, obedecem a influência clara da apresentadora que, na maioria das vezes, dá conselhos de apoio e empoderamento à mulher e às minorias.
Os assuntos mais polêmicos envolvem homossexuais que tentam impor respeito e mulheres que submissas à relações destrutivas. Christina expressa sua opinião e “exige” atenção à mudança de postura, tanto de quem se contrapõe, como de quem assiste. O grande paradoxo da qualidade do programa são as constantes brigas e discussões entre os participantes. As observações que devem ser notadas surgem das situações que, muitas, vezes, são provocadas no próprio palco, apesar de não ser ao vivo, as contendas também são responsáveis pela audiência.
Qual a real utilidade de programas como o Casos de Família? Nenhuma. Afinal, qual a obrigatoriedade de ser útil a alguém? Nós julgamos assim. Entretanto, nada nem ninguém tem a responsabilidade de lhe ensinar ou provocar reflexão para uma sociedade ideal. Cabe a nós discernir e aproveitar o que cada coisa tem a nos oferecer de proveitoso. E por que não concordar com a apresentação do empoderamento da mulher às grandes massas?
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