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Redação Publicado em 08/03/2019, às 00h00 - Atualizado às 16h35
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“Kaimen!” – é com esse “bom dia” na língua do povo Wapichana que a deputada federal Joênia Batista (Rede) costuma abrir os discursos no plenário da Câmara. Eleita em 2018 por Roraima com 8,4 mil votos, a parlamentar se tornou a primeira indígena a ocupar uma cadeira no Congresso Nacional.
Orgulhosa com a conquista, ela reconhece que nem sempre é fácil ser diferente em meio a 513 parlamentares, em sua maioria homens, brancos e que usam terno e gravata. A deputada afirma que foi barrada duas vezes na portaria da Casa.
“No primeiro dia, checaram duas vezes se eu era deputada ou não, mas agora o brochinho [parlamentar] facilita várias situações.”
Aos 46 anos, a parlamentar coleciona feitos inéditos no currículo. Advogada, Joênia Wapichana é considerada a primeira indígena a se formar em direito no Brasil, em 1997, pela Universidade Federal de Roraima (UFRR).
Ela também se tornou mestre pela Universidade do Arizona, nos Estados Unidos, e, no ano passado, foi premiada pela Organização das Nações Unidas (ONU) pela atuação na área de direitos humanos. O prêmio já foi entregue a personalidades como Nelson Mandela e Martin Luther King.
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