O Museu de Arte de São Paulo (Masp) será expandido em 66% da área expositiva com um prédio anexo de 14 andares até 2024 na Avenida Paulista, região central da
Redação Publicado em 20/08/2021, às 00h00 - Atualizado às 11h46
O Museu de Arte de São Paulo (Masp) será expandido em 66% da área expositiva com um prédio anexo de 14 andares até 2024 na Avenida Paulista, região central da capital paulista.
De acordo com a equipe do museu, o edifício vai passar de 10.485 m² para 17.680 m², com novas galerias (sete), salas de aula, laboratório de restauração, restaurante, loja e depósito.
Por limitações físicas, pouco mais de 1% do acervo do museu, constituído por mais de 11 mil pinturas, esculturas, objetos, fotografias, vídeos e vestuário de diversos períodos e continentes, é exposto atualmente.
Este é o acervo de arte europeia mais relevante do Hemisfério Sul e o projeto pretende conceber uma das mais modernas infraestruturas museológicas da América Latina, com financiamento de pessoas físicas, cujas doações somam R$ 180 milhões.
“O objetivo é fazer do Masp um museu para uma metrópole de mais de 12 milhões de habitantes e para o futuro, reforçando o seu papel como referência internacional e equiparando São Paulo a outras capitais culturais”, informou a equipe do museu em nota.
Outra novidade é que haverá conexão subterrânea, já aprovada pela Prefeitura de São Paulo, com o imóvel que é cartão-postal da cidade de São Paulo, sob a Rua Professor Otávio Mendes. Com isso, a bilheteria será transferida para o subsolo, liberando o vão livre e devolvendo a este espaço a sua utilização como praça pública, como já era a proposta inicial de Lina Bo Bardi.
O novo prédio será batizado de Pietro Maria Bardi, que foi o primeiro diretor artístico do museu, e o edifício original será chamado Lina Bo Bardi, arquiteta que projetou o Masp. A ideia é que o edifício Lina seja dedicado à exposição das obras que pertencem à coleção do museu, enquanto as novas galerias do edifício Pietro deverão ser ocupadas com exposições temporárias.
O projeto de expansão do museu começou com o arquiteto Júlio Neves, que foi presidente do Masp de 1995 a 2009. Durante a sua gestão, ele participou da compra do edifício Dumont-Adams e desenvolveu o projeto inicial. O projeto foi alterado em diálogos com os órgãos de patrimônio histórico, e agora está sob comando do escritório Metro Arquitetos Associados, que já é parceiro do museu.
A história do Masp começou na rua 7 de Abril, na sede dos Diários Associados, e foi transferido para a Avenida Paulista em 1968, para o prédio projetado por Lina Bo Bardi, reconhecida pelo conjunto de sua obra com o Leão de Ouro Especial na Bienal de Veneza de 2021. O projeto dela se tornou um cartão-postal da cidade e um símbolo da arquitetura moderna mundial do século 20.
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G1
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