A ministra da Informação do Líbano, Manal Abdel Samad, anunciou sua renúncia neste domingo (9) em meio à crise causada pela explosão que devastou Beirute na
Redação Publicado em 09/08/2020, às 00h00 - Atualizado às 14h50
A ministra da Informação do Líbano, Manal Abdel Samad, anunciou sua renúncia neste domingo (9) em meio à crise causada pela explosão que devastou Beirute na terça-feira (4). Mais de 150 pessoas morreram, 6 mil ficaram feridas e outras 300 mil ficaram desabrigadas.
Ela é o primeiro membro do governo a deixar o cargo depois da pressão com as acusações de negligência e incompetência das autoridades.
“Depois do enorme desastre em Beirute, apresento minha renúncia do governo”, declarou a ministra em um breve discurso na televisão. “Peço desculpas aos libaneses, não atendemos às suas expectativas”, acrescentou.Horas depois do anúncio de Samad, o ministro do Meio Ambiente Damianos Kattar também pediu demissão. Agências locais informam que o premiê Hassan Diab tentou convencê-lo a permanecer no governo até o último minuto, mas não teve sucesso.
O primeiro-ministro do Líbano, Hassan Diab, anunciou neste sábado (8) à noite que irá propor eleições parlamentares no país abalado pelas explosões mortais no porto de Beirute, pelas quais a população culpa a classe política.
Em discurso televisionado, o governante avaliou que apenas “eleições antecipadas podem permitir a saída da crise estrutural”, acrescentando que está disposto a permanecer no poder “por dois meses”, enquanto as forças políticas trabalham nesse sentido e, durante esse período, liderar o processo de antecipação.
“Convido as partes a chegarem a um acordo sobre o próximo passo. Proporei na segunda-feira (a reunião do) no governo a convocação de eleições antecipadas”, disse Diab. “Estamos em estado de emergência quanto ao destino e ao futuro do país”, ressaltou.
O anuncio ocorreu depois de um dia de muito protesto nas ruas da cidade.
Por G1