investigados por suspeita de furar fila na vacinação contra a Covid-19 são exonerados em Manaus

Sete dos dez médicos citados em investigação do Ministério Público do Amazonas sobre "fura-filas" na vacinação contra a Covid-19 em Manaus foram exonerados

investigados por suspeita de furar fila na vacinação contra a Covid-19 são exonerados em Manaus -

Redação Publicado em 13/02/2021, às 00h00 - Atualizado às 13h39

Sete dos dez médicos citados em investigação do Ministério Público do Amazonas sobre “fura-filas” na vacinação contra a Covid-19 em Manaus foram exonerados pela Prefeitura da capital nessa sexta-feira (12). Entre os nomes, estão das gêmeas Isabelle e Gabrielle Kirk Maddy Lins. As duas receberam a primeira dose da vacina no dia 19 de janeiro – mesmo dia em que uma delas foi contratada. A outra foi efetivada no cargo dia 18, um dia antes.

O G1 questionou a Prefeitura para saber se a exoneração aconteceu por causa do pedido do Ministério Público ou a pedido dos próprios investigados.

O caso ganhou repercussão após as médicas postarem a imunização nas redes sociais. A família das médicas é dona de hospitais e universidades particulares em Manaus, entre outros negócios. Além das duas, a lista de investigados traz, ainda, os nomes de outros oito médicos, dentre eles, o filho do suplente de deputado estadual Wanderley Dallas, David Louis Dallas.

Na época, em meio às polêmicas sobre a vacinação do grupo, o prefeito de Manaus, David Almeida, negou as irregularidades, disse que se tratava de fake news e chamou os médicos investigados de heróis. A secretária de saúde de Manaus, Shádia Fraxe, justificou a contratação do grupo, alegando a falta de recursos humanos.

Gêmeas acusadas de furar fila da vacina em Manaus depõem ao MP

Todos os médicos se tornaram alvo de investigação porque estavam entre os primeiros vacinados contra a Covid-19 e tinham sido contratados havia poucos dias pelo gabinete da Prefeitura. Na época, o Ministério Público citou que a contratação deles foi “falsamente” para o cargo de gerente de projetos, o que levantou suspeita de falsidade ideológica.

Os promotores chegaram a pedir a prisão do prefeito e da secretaria de saúde, por conta das irregularidades, além da exoneração dos citados. O pedido está sob análise da Justiça.

Em relação a esses dez médicos, o MPE apontou que:

Na quarta-feira (10), as gêmeas Lins e David Dallas receberam a segunda dose do imunizante. O Ministério Público Federal (MPF) informou que, a princípio, não há ilegalidade dos profissionais terem recebido a segunda dose, já que eles atuam no atendimento a pacientes com Covid-19.

Por meio de nota, as médicas Lins afirmam que elas optaram pelo pedido de exoneração do cargo.

“A situação infelizmente ficou insustentável a partir do momento em que se passou a questionar a forma escolhida pela Prefeitura para a contratação dos mesmos, gerando um enorme mal-estar e comprometendo o ambiente de trabalho”, diz um trecho da nota.

Sobre a segunda dose da vacina, Gabrielle e Isabelle afirmam que são médicas atuantes na linha de frente do combate ao coronavírus e que foram notificadas através do Portal da Prefeitura para receber a segunda dose, tendo comparecido no local e horário pré determinados pelo governo.

O Diário tenta contato com demais citados.

Irregularidades na vacinação

A campanha de vacinação contra a Covid-19 em Manaus é marcada por irregularidades. Veja cronologia abaixo:

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