Na enésima polêmica sobre o voto por correios , o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pediu que os eleitores da Carolina do Norte votem duas vezes -
Redação Publicado em 03/09/2020, às 00h00 - Atualizado em 13/05/2021, às 20h40
Na enésima polêmica sobre o voto por correios , o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pediu que os eleitores da Carolina do Norte votem duas vezes – uma presencial e outra por correio – para testarem o sistema antifraude no país.
“Deixem que eles enviem os votos e votem presencialmente, e se o sistema for tão bom quanto dizem, então obviamente eles não conseguirão votar. Se for contabilizado, eles poderão votar”, disse o mandatário nesta quarta-feira (02) ao canal “NBC News”, que o havia questionado se ele confiava no voto por correio no estado.
Assim como ocorre em outros locais, por conta da pandemia do novo coronavírus (Sars-CoV-2), os estados têm incentivado que as pessoas votem por correios e evitem as aglomerações tradicionais quando as urnas para voto físico abrirem.
No entanto, Trump acusa o sistema – que é gerido pelo seu próprio governo – de proporcionar “fraudes”. O presidente até tentou, através do presidente da empresa que gerencia o Serviço Postal, Louis DeJoy, implantar um plano de cortes de agências e funcionários. No entanto, o administrador voltou atrás por conta da pressão da sociedade.
Após a entrevista, o procurador-geral do estado da Carolina do Norte, Josh Stein, acusou Trump de incentivar os eleitores a cometerem um crime, já que a legislação proíbe que os cidadãos votem duas vezes.
“Hoje o presidente Trump escandalosamente encorajou os NCians [moradores da Carolina do Norte] a violar a lei para ajudá-lo a semear o caos em nossas eleições. Garanta seu voto, mas não vote duas vezes! Farei de tudo em meu alcance para garantir que a vontade do povo seja mantida em novembro”, escreveu em sua conta no Twitter.
Para as eleições do próximo dia 3 de novembro, as pesquisas eleitorais mostram que o republicano está atrás do seu concorrente, o democrata Joe Biden. As diferenças chegam até a 11% em alguns levantamentos.