Walter Delgatti afirmou que foi encaminhado à Defesa pelo ex-presidente Jair Bolsonaro para discutir um relatório elaborado com o objetivo de lançar dúvidas sobre as urnas eletrônicas
Marina Roveda Publicado em 26/08/2023, às 16h25
O hacker Walter Delgatti, conhecido por ter sido um dos responsáveis por vazar mensagens da Operação Lava Jato, afirmou que entrou no Ministério da Defesa usando uma máscara a pedido de militares, visando não ser reconhecido. Essa revelação foi feita por seu advogado, Ariovaldo Moreira.
Delgatti compareceu à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Atos Golpistas e relatou que manteve conversas no Ministério da Defesa em 2022. Ele alegou que foi encaminhado ao Ministério da Defesa pelo ex-presidente Jair Bolsonaro e que as discussões lá envolveram um relatório elaborado pelo ministério que tinha o objetivo de levantar dúvidas sobre a segurança das urnas eletrônicas utilizadas nas eleições.
À Polícia Federal, Delgatti afirmou que visitou o Ministério da Defesa em cinco ocasiões e que entrava no edifício por uma porta dos fundos.
Nesta quinta-feira (24), a CPMI dos Atos Golpistas aprovou um requerimento para a obtenção das imagens das câmeras de segurança do Palácio da Alvorada e do Ministério da Defesa para investigar as alegações de Delgatti. No entanto, o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, foi informado de que essas imagens não existem.